13/02/2017 - 14:01
ROMA, 13 FEV (ANSA) – O ex-primeiro-ministro da Itália e atual secretário geral do Partido Democrático (PD), Matteo Renzi, indicou que vai deixar o cargo de líder da sigla e que deve convocar um novo congresso.
“Fecha-se um ciclo na liderança do PD. Eu peguei um PD com 25 por cento e, na única consulta política, nós o levamos para 40,8%”, disse Renzi nesta segunda-feira (13) durante reunião da legenda ao lembrar das eleições europeias.
Durante o seu discurso, o secretário destacou que era “bom senso para quem tem a responsabilidade de conduzir uma comunidade aceitar o convite para fazer um congresso antes das eleições”.
Isso porque, após sua renúncia como premier, no dia 5 de dezembro, os políticos italianos discutem sobre a possibilidade de convocar novas eleições para o país. No entanto, como há duas leis eleitorais no país – uma para a Câmara dos Deputados e outra para o Senado – há a pressão para que se adote uma única legislação no país.
Apesar de ter perdido o referendo constitucional de 4 de dezembro, Renzi é um dos políticos que apoiam a convocação de novas eleições. No entanto, parte de sua sigla é contrária à medida e diz que é preciso respeitar o planejamento de ter pleito apenas em 2018, deixando o premier Paolo Gentiloni, que é do PD, na liderança do governo.
A decisão de Renzi também pode ser vista como uma maneira de reafirmar seu posicionamento, já que ele deve disputar à liderança do PD. Se ganhar, consegue levar adiante seu desejo de novas eleições. Entre os grandes partidos italianos, o único que não deseja a antecipação do pleito é o Força Itália, do ex-premier Silvio Berlusconi.
“Não podemos mais enrolar as nossas pessoas, vocês podem enrolar, mas não as nossas pessoas. Em pleno respeito ao estatuto, com as mesmas regras da última vez. Faremos o congresso e quem perde, no dia seguinte, nos dê uma mão e não escape com a bola e não deixem sozinho quem vencer as primárias”, destacou. (ANSA)