ROMA, 13 FEV (ANSA) – O ex-primeiro-ministro da Itália e atual secretário geral do Partido Democrático (PD), Matteo Renzi, indicou que vai deixar o cargo de líder da sigla e que deve convocar um novo congresso.   

“Fecha-se um ciclo na liderança do PD. Eu peguei um PD com 25 por cento e, na única consulta política, nós o levamos para 40,8%”, disse Renzi nesta segunda-feira (13) durante reunião da legenda ao lembrar das eleições europeias.   

Durante o seu discurso, o secretário destacou que era “bom senso para quem tem a responsabilidade de conduzir uma comunidade aceitar o convite para fazer um congresso antes das eleições”.   

Isso porque, após sua renúncia como premier, no dia 5 de dezembro, os políticos italianos discutem sobre a possibilidade de convocar novas eleições para o país. No entanto, como há duas leis eleitorais no país – uma para a Câmara dos Deputados e outra para o Senado – há a pressão para que se adote uma única legislação no país.   

Apesar de ter perdido o referendo constitucional de 4 de dezembro, Renzi é um dos políticos que apoiam a convocação de novas eleições. No entanto, parte de sua sigla é contrária à medida e diz que é preciso respeitar o planejamento de ter pleito apenas em 2018, deixando o premier Paolo Gentiloni, que é do PD, na liderança do governo.   

A decisão de Renzi também pode ser vista como uma maneira de reafirmar seu posicionamento, já que ele deve disputar à liderança do PD. Se ganhar, consegue levar adiante seu desejo de novas eleições. Entre os grandes partidos italianos, o único que não deseja a antecipação do pleito é o Força Itália, do ex-premier Silvio Berlusconi.   

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“Não podemos mais enrolar as nossas pessoas, vocês podem enrolar, mas não as nossas pessoas. Em pleno respeito ao estatuto, com as mesmas regras da última vez. Faremos o congresso e quem perde, no dia seguinte, nos dê uma mão e não escape com a bola e não deixem sozinho quem vencer as primárias”, destacou. (ANSA)


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