O ex-primeiro-ministro do Paquistão Imran Khan foi condenado nesta terça-feira a 10 anos de prisão por um caso de divulgação de documentos confidenciais, a menos de duas semanas das eleições no país.

Khan já estava inelegível e não poderia participar nas eleições de 8 de fevereiro devido a uma condenação em um processo por corrupção emitida no ano passado.

A sentença desta terça-feira foi anunciada na penitenciária de Adiala, onde Khan passou a maior parte do tempo desde sua detenção em agosto.

As eleições provinciais e legislativas da próxima semana estão marcadas por denúncias de manipulação de votos e repressão contra o partido ‘Pakistan Tehreek-e-Insaf’ (PTI), de Khan.

O ex-premiê e seu ex-ministro das Relações Exteriores Shah Mahmood Qureshi, ex-vice-presidente do PTI, “foram condenados a 10 anos de prisão”, informou uma fonte do partido.

A condenação foi motivada pela divulgação de um telegrama diplomático do embaixador do Paquistão nos Estados Unidos que Khan apresentou como evidência de uma conspiração de Washington contra ele, apoiada pelos militares paquistaneses.

Khan foi acusado em outubro, com base em uma lei de segredos de Estado, ao mesmo tempo que enfrenta uma avalanche de processos adicionais que, ele afirma, foram iniciados para impedir seu retorno ao governo.

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