RIETI, 11 OUT (ANSA) – O ex-prefeito de Amatrice Sergio Pirozzi e mais cinco indivíduos viraram réus na Justiça da Itália por causa do desabamento de um prédio residencial de três andares em função do terremoto que devastou a cidade em 24 de agosto de 2016.
A queda da construção deixou sete mortos. Além de Pirozzi, hoje conselheiro regional do Lazio pelo partido de extrema direita Irmãos da Itália (FDL), são réus o projetista Ivo Carloni, o comandante do Corpo de Bombeiros de Amatrice, Gianfranco Salvatore, e três técnicos do órgão municipal de fiscalização de obras, Valerio Lucarelli, Giovanni Conti e Maurizio Scacchi.
Os acusados respondem por múltiplo desastre culposo (quando não há intenção de cometer o crime), múltiplo homicídio culposo e lesões pessoais culposas. O processo começará em 6 de fevereiro de 2020, no Tribunal de Rieti, província aonde fica Amatrice.
Segundo o Ministério Público, o prédio foi reformado após o terremoto de L’Aquila, em 2009, mas sem respeitar normas antissísmicas, o que acabou provocando seu desabamento no tremor de 2016.
“Estamos satisfeitos porque teremos a possibilidade de ver reconhecidas as responsabilidades humanas que a Procuradoria e as perícias evidenciaram”, disse Wania Della Vigna, advogada dos familiares das vítimas.
O terremoto de Amatrice matou 299 pessoas, sendo 238 apenas nessa cidade, e deu início a uma sequência sísmica no centro da Itália que segue ativa até hoje, embora enfraquecida. (ANSA)