Ex-policial americano é condenado a 18 meses por ajudar Pequim a repatriar dissidentes

Um ex-oficial de polícia de Nova York foi condenado a 18 meses de prisão por colaborar com o governo da China para repatriar à força cidadãos dissidentes desse país residentes nos Estados Unidos.

McMahon, um sargento de polícia aposentado de 57 anos que trabalhava como detetive particular, foi declarado culpado, junto com os cidadãos chineses Zhu Yong e Congying Zheng, de conspiração para cometer assédio em diversos estados e por assédio interestadual.

Segundo a promotoria, McMahon e seus colaboradores atuaram sob as ordens de funcionários do governo chinês para “ameaçar, assediar, vigiar e intimidar” chineses dissidentes residentes em território americano para fazer com que retornassem ao país asiático no âmbito de programas conhecidos como “Operação Fox Hunt” e “Operação Sky Net”.

O ex-agente poderia ter sido condenado a até 20 anos de prisão.

“McMahon, um ex-agente das forças da ordem que jurou proteger a população, tornou-se um delinquente desonrado que participou de um plano dirigido pela República Popular da China, aterrorizou as vítimas que viviam na região metropolitana de Nova York e destruiu sua sensação de segurança”, declarou o promotor John J. Durham em comunicado.

Como parte de sua condenação, a juíza do Tribunal Federal do Distrito Leste do Brooklyn, Pamela Chen, impôs a McMahon uma multa de 11.000 dólares (cerca de R$ 65.000).

Nos últimos anos, a Justiça dos Estados Unidos processou diversos cidadãos chineses em investigações sobre vigilância e assédio a dissidentes que vivem nos Estados Unidos.

Pequim garante que essas operações são parte de uma campanha anticorrupção.

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