A gastronomia faz parte da identidade cultural de um país. No Brasil, onde há uma mistura de tradições e culturas, não é diferente. Porém, em um país com uma extensão territorial tão grande, de norte a sul é possível contemplar a diversidade culinária de cada região devido aos seus costumes. Até mesmo em estados que estão próximos são notáveis as particularidades.
São Paulo e Rio de Janeiro são exemplos disso. Enquanto um estado sudestino preza pela formalidade em seus restaurantes, o outro valoriza um lifestyle mais descontraído. Quem determina isso é o público, segundo explica o ex-participante do programa “MasterChef Profissionais”, da TV Band, o chef Pedro Mattos, empreendedor gastronômico em São Paulo e no Rio de Janeiro.
“São Paulo hoje é um grande polo gastronômico, e isso em parâmetros mundiais. Na cidade é possível encontrar todas as qualidades e faixas de preço. É onde se concentram os melhores restaurantes e chefs. O padrão de exigência do paulistano é muito grande. Eles estão atentos aos detalhes e formalidades”, comenta.
“Já no Rio de Janeiro, o foco é algo mais despojado, como frutos do mar, chopps, uma pegada espanhola, mas com roupagem de gastrobar”, completa.
Recentemente, o chef inaugurou um restaurante na Urca, onde estão localizados os principais cartões postais do Rio de Janeiro, e comenta que a cidade exige um ambiente descontraído. Seu novo empreendimento, por exemplo, foi aberto em uma casa histórica, onde por anos funcionou a Rádio Tamoios.
Além disso, o local tem uma importância pessoal na vida de Pedro, já que fica próximo de onde morou por toda sua infância: “O carioca está atento a um ambiente descontraído. O Casurca, por exemplo, está em um local com varanda ao ar livre, e isso chama atenção. Temos ainda vista para o Cristo Redentor, a Baía de Guanabara e para Pão de Açúcar”.
“Para o público do Rio de Janeiro, isso vale ouro. O que difere na culinária dos dois estados é a formalidade, e existe grandes particularidades entre Rio e São Paulo. Mesmo com a proximidade, são dois mundos diferentes”, finaliza.