O lateral-direito paraibano Jailson tem um novo desafio na carreira: vai jogar a segunda divisão do Campeonato Cipriota nesta temporada pelo Pox. O clube foi comprado em 2020 por um empresário brasileiro, ao lado de mais dois sócios, que têm atuações nos mercados alemão, francês, italiano e também do Oriente Médio. O objetivo é levar a equipe para a elite do futebol no país em até cinco anos.

A média de idade do Pox é de 24 anos e Jailson atualmente é o mais experiente do grupo. Ele já possui passagens no Chipre por times tradicionais, como Omonia e Nea Salamis. O último clube do atleta foi o Paraná, onde disputou o Campeonato Paranaense em 2021.

+ Confira e simule a tabela da Champions League

– Esse desafio é muito importante por causa das pessoas que estão envolvidas no projeto. São pessoas que conheço há muito tempo e tenho no meu seio familiar. Pessoas que comecei trabalhando em Portugal e que se estendeu para o Chipre, além de outros mercados no futebol. São pessoas da minha confiança e que me trouxeram para o clube em busca de ajudar da melhor maneira possível. Sou o jogador mais experiente do elenco e estou tentando passar isso para os jovens. É um projeto grandioso para o futuro. Tem que ter um começo e esse alicerce precisa ser bem sustentado. Vou dar a minha vida por esse clube – comentou Jailson, de 30 anos.

Revelado pelo CSP, de João Pessoa, Jailson também atuou por Auto Esporte e Flamengo-PB no futebol paraibano. Depois ele jogou em Goiás, por Trindade e Grêmio Anápolis. Mas foi na Europa que o atleta adquiriu mais experiência. Em Portugal, ele defendeu equipes como Paços de Ferreira, Arouca, Tondela e Desportivo Aves, além de Nea Salamis e Omonia, do Chipre.

Jailson espera uma temporada diferente para o Pox em relação a passada, quando caíram seis times e a equipe dele foi a primeira fora da zona de rebaixamento. Atualmente são tem três jogos já realizados na segunda divisão da Liga Cipriota e o time tem uma vitória e duas derrotas até aqui. Ao todo, são 16 clubes na disputa e dois conquistam o acesso.

– Espero que a gente possa fazer uma temporada boa. Bem melhor do que foi ano passado. A agência comprou o clube faltando três semanas para a competição começar e montou o time às pressas. Passaram momentos difíceis durante o campeonato, brigando até para não cair, mas graças a Deus o time se manteve. Este ano o investimento já foi maior. Trouxeram jogadores mais experientes e de outras nacionalidades. Esperamos que a gente possa fazer uma temporada tranquila. No final queremos celebrar também o objetivo da empresa, que é negociar jogadores – disse.

O empresário Alessandro Silva é um dos dirigentes do Pox. Ele destacou que, apesar da equipe atualmente ser da segunda divisão, o clube tem um potencial muito grande, principalmente, por estar localizado em uma área rica na cidade de Lárnaca. O brasileiro explica quais são os principais objetivos da equipe a curto e a longo prazo.

– Queremos que seja um clube quase brasileiro, tem também portugueses, e vamos colocar a nossa gestão em prática. A gente tem a ideia de trazer jogadores para cá com talento e qualidade visando inserir no mercado cipriota, além de explorar em outros mercados também que temos atuação. O Pox já está sendo visto com outros olhos. É um clube que já vendeu um jogador para o Apoel (principal time do Chipre), que é da seleção francesa sub-23, logo no primeiro ano de trabalho nosso. Se não subirmos, vamos buscar nos manter no melhor degrau possível da tabela. Nos primeiros cinco anos de trabalho queremos chegar na elite do futebol do país – finalizou Alessandro Silva.