03/12/2024 - 12:07
ALERTA: Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV (Centro de Valorização da Vida) e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.
Daiane Dias, ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz – conhecido como “Tiü França”, responsável pelas explosões na Praça dos Três Poderes – morreu na madrugada desta terça-feira, 3, no Hospital Tereza Gomes, em Lages (SC), após passar mais de duas semanas internada por atear fogo em si mesma.
Em 17 de novembro, a mulher colocou fogo na própria residência após comprar combustíveis em um estabelecimento da cidade de Rio do Sul (SC), de acordo com a Polícia Civil de Santa Catarina. As informações são do “Conexão GloboNews”, da “GloboNews”.
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Por meio de nota enviada ao site IstoÉ, a corporação informou que reuniu provas de que Daiane ateou fogo no imóvel na tentativa de cometer suicídio. Após provocar o incêndio, ela permaneceu dentro da casa e foi resgatada por vizinhos.
A mulher se encontrava internada no Hospital Tereza Ramos devido às queimaduras que sofreu pelo seu corpo. O caso ocorreu no dia 17 de novembro, quatro dias depois que Francisco morreu ao provocar explosões em frente ao STF (Supremo Tribunal Federal), na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF).
No decorrer das investigações, a Polícia Civil descobriu que Daiane foi a um estabelecimento comercial e comprou um produto inflamável, ateando fogo na casa em seguida.
Atentado em Brasília
Por volta de 19h30 de quarta-feira, 13, uma explosão destruiu o porta-malas de um veículo estacionado no Anexo IV da Câmara dos Deputados, em Brasília. Vinte segundos depois, uma segunda explosão foi ouvida na Praça dos Três Poderes, em frente à sede do Supremo Tribunal Federal.
No porta-malas do veículo danificado foram encontrados tijolos, madeira e fogos de artifício. Os Bombeiros apagaram as chamas e a fumaça.
Na segunda explosão, o corpo de um homem foi encontrado deitado na praça. A polícia apontou que o corpo era do autor dos ataques. Segundo boletim policial, um segurança do STF contou que o homem se deitou deliberadamente sobre a bomba antes da detonação.
De acordo com a polícia e relatos de testemunhas, o homem havia tentado entrar sem sucesso no STF. Depois, quando um segurança se aproximou, ele jogou explosivos na marquise do edifício e mostrou outros artefatos.
O segurança do STF disse que o homem carregava uma mochila e mostrou algo semelhante a um relógio digital, que parecia acoplado a uma bomba. Após lançar outros artefatos, ele se deitou no chão e acionou o explosivo junto à nuca, morrendo na detonação.
A Polícia Civil do Distrito Federal classificou o episódio como um “autoextermínio com explosivos”.
O homem que morreu na segunda explosão foi identificado pela polícia como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, um chaveiro também conhecido como “Tiü França”. O carro que explodiu, com placa da cidade catarinense de Rio do Sul, também estava registrado no seu nome.
Em Rio do Sul, Wanderley Luiz foi candidato a vereador pelo PL (atual partido do ex-presidente Jair Bolsonaro) nas eleições municipais de 2020, mas não se elegeu, recebendo apenas 98 votos no pleito. Até o momento, não foram encontradas condenações ou processos que envolvam seu nome.
Segundo o canal Globonews, Wanderley Luiz havia alugado uma casa em Ceilândia, nos arredores de Brasília. Após as explosões, policiais fizeram buscas no local e encontraram diversos artefatos explosivos.