O advogado Helton Yomura, que foi ministro do Trabalho durante a administração de Michel Temer, foi exonerado pelo governo do Rio de Janeiro da presidência da Fundação Santa Cabrini, no fim de maio deste ano. Isso ocorreu depois que uma funcionária do órgão registrou uma notícia-crime contra ele por assédio sexual. As informações são do UOL.

A Fundação Santa Cabrini é responsável por cuidar de projetos que visam a ressocialização de detentos do sistema penitenciário fluminense.

Segundo o boletim de ocorrência, registrado em maio na 42ª Delegacia de Polícia (Recreio dos Bandeirantes), a funcionária narrou duas situações em que teria sido assediada por Helton, em abril.

Ela afirmou que o primeiro caso ocorreu quando estava sozinha com o advogado na sala dele. Nesse momento, Helton teria pegado em seu braço e feito alguns elogios. A servidora pediu para que ele a respeitasse e relatou que era casada.

Na segunda oportunidade, Yomura teria dito que mudaria a funcionária de setor para que ela trabalhasse em sua sala. Novamente, de acordo com a mulher, ele fez elogios e colocou as suas mãos nela.

O UOL entrou em contato com a funcionária, mas ela não quis comentar a notícia-crime registrada.

A assessoria de Helton afirmou que “ele não recebeu qualquer notificação sobre o referido registro de ocorrência e que, em razão do segredo de Justiça imposto pela legislação, reforçado pela sólida jurisprudência do STJ (Superior Tribunal de Justiça), não pode se pronunciar sobre esse caso”.

Também ressaltou que o advogado deixou a presidência da Fundação Santa Cabrini “em nome de outros projetos pessoais”.

O UOL procurou a assessoria de imprensa do governo do Rio de Janeiro para comentar a exoneração de Helton, mas não obteve resposta até o momento.

O possível assédio sexual continua sendo investigado pela Polícia Civil e um inquérito foi aberto no 9° Juizado Especial Criminal, localizado na Barra da Tijuca (RJ).