SÃO PAULO, 14 MAR (ANSA) – O ex-secretário geral da Presidência e pré-candidato a prefeito do Rio, Gustavo Bebianno, morreu na manhã deste sábado (14) após sofrer um infarto fulminante, aos 56 anos, em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. A informação foi revelada pelo presidente estadual do PSDB Paulo Marinho, que explicou que Bebianno estava em um sítio com seu filho quando passou mal, por volta das 4h da madrugada. Ele foi levado para um hospital local, onde faleceu. “Com grande pesar e tristeza, comunicamos o falecimento de Gustavo Bebianno, na madrugada deste sábado. O Brasil perde hoje um grande homem, que muito fez pelo país”, diz a nota no Twitter do PSDB/RJ.   

Amigo de Bebianno, o empresário Paulo Marinho afirmou que o corpo será velado em uma capela vizinha ao sítio do ex-ministro do presidente Jair Bolsonaro. Ele deixa a esposa e dois filhos. Bebianno foi ministro da Secretaria Geral da Presidência da República e chegou a ser presidente do PSL, coordenando pessoalmente a campanha vitoriosa de Jair Bolsonaro à Presidência da República. Ele conheceu Bolsonaro em 2017, quando se prontificou a atuar como advogado da campanha.   

No entanto, o político permaneceu pouco tempo no cargo em decorrência de divergências internas. Em fevereiro de 2019, Bebianno foi chamado publicamente de “mentiroso” pelo presidente Jair Bolsonaro e por seu filho Carlos, em um episódio que gerou muita polêmica no governo. A crise começou após o jornal “Folha de S.Paulo” divulgar que Bebianno teria participado da distribuição de dinheiro público para financiar “candidaturas laranjas” do PSL. Na ocasião, o ex-ministro disse que conversou três vezes com Bolsonaro, quando o presidente estava internado em São Paulo, para minimizar a crise política. Mas o filho de Bolsonaro, Carlos, divulgou um áudio no Twitter no qual o presidente afirma que não iria “falar com ninguém” durante sua hospitalização. Horas depois, o próprio Bolsonaro confirmou a declaração de Carlos, isolando o ministro. O gesto foi criticado pelo fato do filho ter “demitido” o ministro, sem nem ser membro do Executivo. Outros nomes do governo tentaram interceder a favor de Bebianno, mas Bolsonaro manteve sua decisão de exonera-lo.   

(ANSA)