O Tribunal de Contas da União (TCU) multou na semana passada o ex-ministro do Esporte, o deputado federal George Hilton (PSB-MG), e o ex-secretário executivo da pasta, Ricardo Leyser, por não apresentarem Plano de Legado relativo aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio. O plano se refere à utilização posterior de equipamentos esportivos construídos com recursos públicos federais após os Jogos de 2016. Cada um foi multado em R$ 29.134,53.

De acordo com o tribunal, o ministério havia apresentado um plano com falhas apontadas. O documento não especificava, por exemplo, custos de manutenção e a entidade (pública ou privada) que ficaria responsável por arcar com esses custos. Ainda segundo o TCU, os dirigentes do ministério não acataram os pedidos de reformulação nem justificaram o não atendimento.

OUTRO LADO – Em nota, o ex-ministro e o ex-secretário executivo citam o Plano Brasil Medalhas e o programa Centro de Iniciação ao Esporte como exemplos de realizações da pasta e afirmam que “o legado olímpico para a infraestrutura do esporte brasileiro é concreto, amplo e democrático porque beneficiou dezenas de modalidades, da base ao topo”.

George Hilton e Ricardo Leyser pretendem recorrer das multas e afirmam “não ter havido descumprimento de determinações do tribunal, uma vez que a proposta então apresentada havia sido debatida em diversas instâncias do governo federal”.

O destino dos equipamentos esportivos construídos no Parque Olímpico e na Barra da Tijuca não está definido. Na semana passada, o governo federal anunciou a criação da Autoridade de Governança do Legado Olímpico (Aglo), que, na prática, vai centralizar a gestão do legado olímpico.