O senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, afirmou nesta sexta-feira, 26, que a direita vai “jogar fora uma eleição ganha” contra o presidente Lula (PT), em 2026, caso não chegue unida para a disputa.
“Já está passando de todos os limites a falta de bom senso da direita, digo aqui a centro-direita, a própria direita e seu extemo. Ou nos unificamos ou vamos jogar fora uma eleição ganha outra vez. Por mais que tenhamos divergências, não podemos ser cabo eleitoral de Lula, do PT e do PSOL“, escreveu o ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL).
Os sinais interpretados pelo aliado de Bolsonaro
Desde que o ex-presidente, que já estava inelegível até 2030, foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), seus aliados não deram qualquer demonstração de unidade em torno de uma candidatura para representar seu espólio político.
O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos EUA desde março para articular reações do governo Donald Trump ao Judiciário brasileiro, passou a defender abertamente o próprio nome para substituir o pai nas urnas e atacar outras movimentações do campo, associando-as à traição do bolsonarismo.
Já o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), antes substituto mais cotado de Bolsonaro, declarou a aliados que não concorrerá a presidente, segundo revelou o jornal Folha de S. Paulo.
Presidida por Nogueira, a federação de oposição formada por PP e União Brasil tinha em Tarcísio o candidato predileto para se associar.
Em paralelo, Lula viu sua popularidade subir nas pesquisas e, na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), ouviu de Trump um convite para negociar, uma hipótese improvável desde que o americano impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros enviados aos EUA.