A Polícia Civil indiciou por feminicídio nesta sexta-feira (8) o ex-marido da gerente de banco Tatiana Lorenzetti, morta em Curitiba, na saída do trabalho. As informações são do G1.

Segundo a polícia, outras três pessoas foram contratadas para executar a vítima e também foram indiciadas pelo mesmo crime.

Tatiana foi morta com um tiro no rosto no dia 28 de dezembro de 2020, quando saía da agência da Caixa Econômica Federal em que trabalhava, no bairro Capão Raso, na capital paranaense.

De acordo com o inquérito, o assassinato foi cometido a mando do ex-marido de Tatiana, Antonio Henrique dos Santos, que foi preso temporariamente no dia seguinte ao do crime.

“Ele é o mentor, e ele que planejou toda a morte. Aliás, ele vinha planejando esse crime há um bom tempo, há três anos”, disse a delegada Vanessa Alice.

Segundo Vanessa, Antonio pretendia ficar com a guarda da filha que teve com Tatiana e receber o seguro de vida que estava no nome da criança, de 10 anos.

O inquérito aponta que Antonio pagaria R$ 25 mil pelo crime, sendo R$ 3 mil para um intermediador, Moisés Gonçalves, responsável por contratar os executores, que foi preso temporariamente na quarta-feira (6).

O restante do dinheiro seria dividido entre os três executores do crime, Thales Serafim, que entrou em contato com o atirador, conhecido como Neguinho, e com André Luiz Correia Barbosa, que seria o motorista da ação.

O atirador morreu em confronto com a polícia logo após o crime, durante perseguição policial. Thales e André foram presos na madrugada após a execução de Tatiana.

Todos os envolvidos foram indiciados por feminicídio com qualificadores de motivo torpe e crime mediante pagamento.

Defesa dos envolvidos

A defesa de Antônio Henriques dos Santos informou que não teve acesso integral aos autos do processo e que o investigado apresentará os devidos esclarecimentos.

A defesa de André Luiz Correia e Thales Serafim disse que o indiciamento inicia a apuração judicial, e que o processo criminal vai verificar a veracidade do inquérito policial.

A defesa de Moisés Gonçalves afirmou que ele não teve nenhuma participação direta e efetiva no crime.