Morreu neste domingo, aos 66 anos, Waldir Peres, um dos maiores goleiros da história do futebol brasileiro. O ídolo do São Paulo e da Ponte Preta sofreu um enfarte enquanto participava de uma festa em Mogi Mirim, no interior de São Paulo. As informações sobre velório e sepultamento ainda não foram divulgadas pelos familiares do ex-jogador.

Waldir Peres foi titular da seleção brasileira que disputou a Copa do Mundo de 1982, na Espanha, considerada, por muitos, o melhor time que o Brasil já formou em um Mundial, sob o comando do técnico Telê Santana. Jogou ao lado de grandes craques como Falcão, Zico e Sócrates.

Nascido em Garça, no interior de São Paulo, ele foi revelado pela Ponte Preta nos anos 1970. Chegou ao São Paulo em 1973 e desde então virou titular. Ele é o segundo jogador com mais atuações pelo clube, com 617 partidas. Só perde para Rogério Ceni, com 1.237.

Pelo time do Morumbi, foi campeão brasileiro de 1977, em uma decisão disputada com o estádio do Mineirão lotado, em Belo Horizonte. O jogo terminou 0 a 0 e o título foi decidido nas cobranças de pênaltis. Os atleticanos chutaram para fora três cobranças e Waldir Peres, com moral, foi titular da seleção brasileira na Copa da Espanha. Na época, Telê Santana optou por ele e não convocou Emerson Leão, do Palmeiras, que tinha um temperamento forte. E também vetou a presença do atacante Jorge Mendonça, que brilhava com a camisa do Guarani.

Além disso, foi tricampeão paulista pelo São Paulo (1975, 1980 e 1981). O goleiro ainda defendeu América-RJ, Guarani, Corinthians, Portuguesa, Santa Cruz e novamente Ponte Preta em 1989, quando encerrou a carreira. Waldir Peres também trabalhou como técnico, comandando diversos clubes do interior de São Paulo como São Bento, Internacional (Limeira), Ferroviária e Araçatuba. Não viu futuro e preferiu ficar fora do futebol.

HOMENAGEM – Companheiro de Waldir Peres durante a Copa do Mundo de 1982, o ex-lateral-esquerdo Júnior, hoje comentarista, falou sobre a morte do antigo colega durante a transmissão do jogo entre Fluminense e Corinthians na TV Globo, neste domingo, pelo Campeonato Brasileiro. “Waldir Peres foi ‘parceiraço’, uma figura ímpar. É o segundo companheiro daquele time de 82 que perdemos. O primeiro foi o Magrão (Sócrates, falecido em 2011)”, afirmou.

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