A Comissão de Valores Mobiliários (SEC) anunciou hoje ter chegado a um acordo com o ex-funcionário do Goldman Sachs, Edwin Chin, para encerrar a investigação sobre acusações de que ele teria enganado clientes ao vender ativos lastreados em hipotecas residenciais.

Entre 2010 e 2012, Chin teria “gerado receita extra para o Goldman” ao enganar repetidamente clientes escondendo o preço pelo qual o banco teria comprado esses ativos”, conhecidos pela sigla RMBS, e então vendendo-os por um preço maior. Em determinadas ocasiões, ele teria também enganado clientes ao fazê-los acreditar que estava intermediando uma negociação entre dois clientes, quando na verdade estava vendendo um título comprado pelo próprio Goldman.

“Sem uma bolsa para mostrar o preço pelo qual cada negociação de RBMS ocorre, investidores recorrem apenas à boa fé dos dealers no que diz respeito ao preço utilizado”, disse Michael J. Osnato, da SEC. “Chin repetidamente deste dever fundamental que é ser um transmissor honesto das informações de mercado para aumentar os lucros do banco e, indiretamente, sua própria recompensa.”

Ele pagará US$ 400 mil para se livrar das acusações e será impedido de trabalhar neste mercado novamente. Um representante do Goldman Sachs afirmou que Chin foi desligado da empresa em 2012. De acordo com a SEC, Chin foi demitido após recomprar alguns títulos sem avisar seu superior.

Ele trabalhou para o banco entre setembro de 2003 e dezembro de 2012, período no qual se tornou chefe da mesa de negociação de RMBS do Goldman. Fonte: Dow Jones Newswires.