O ex-vice-presidente da Fifa Jack Warner (1997-2011), acusado de corrupção pela justiça dos Estados Unidos, que exige sua extradição, foi condenado a pagar mais de 1,5 milhão de dólares trinitinos (R$ 1 milhão na cotação atual) ao empresário de Trinidad e Tobago Krishna Lalla por danos e prejuízos.

O Supremo Tribunal de Apelações de Trinidad e Tobago ordenou Warner, banido da Fifa, e dois sócios “a reembolsarem o autor da ação com a quantia de 1.505.493 dólares trinitinos, assim como juros” desde 2018.

Em 2007, o empresário Krishna Lalla havia emprestado 1,5 milhão de dólares trinitinos a Warner para sua academia de futebol, que leva o nome do brasileiro João Havelange, ex-presidente da Fifa e falecido em 2016.

Warner, também ex-ministro de Obras e Transportes de Trinidad e Tobago e ex-parlamentar, havia prometido devolver o valor com um subsídio de 10 milhões de dólares trinitinos (R$ 7,1 milhões) que pretendia receber da Fifa.

Os advogados de Warner argumentaram que se tratava de um “presente” disfarçado de transação comercial para ajudar o partido político Congresso Nacional Unido (UNC), ao qual o cartola pertencia, nas eleições gerais de 2007, nas quais a legenda não conseguiu a maioria dos assentos no Parlamento.

O Centro de Excelência Dr. João Havelange, que inclui campos, hotel, centro de conferências, salões, piscina e academia, foi inaugurado em 1999.

A Concacaf abriu um processo contra Warner alegando ser a proprietária legítima do local.

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