A viagem feita pelo ex-diplomata americano Bill Richardson para a Venezuela, com o objetivo de se reunir com o presidente Nicolás Maduro para pedir a libertação de prisioneiros americanos, terminou sem resultados.

O político democrata – que administrou negociações internacionais para presos de alto perfil – afirmou em comunicado na quinta-feira que “não conseguiu garantir a libertação dos americanos”.

“Estou feliz por conversar com o presidente Maduro para discutir uma possível libertação dos prisioneiros americanos e outros assuntos humanitários relacionados à COVID-19”, disse Richardson, que foi embaixador dos Estados Unidos na ONU e também governador do Novo México.

Os EUA não reconhecem o segundo mandato de Maduro e tentaram sem sucesso tirá-lo do poder, em meio a uma crise econômica sem precedentes que obrigou milhões de pessoas a fugir da Venezuela.

O governo de Trump diz que só falará com Maduro sobre sua saída do poder e para abordar questões logísticas, como a embaixada dos EUA em Caracas.

Richardson mencionou no comunicado os seis ex-executivos da petroleira Citgo com cidadania ou residência americana detidos na Venezuela, mas também Luke Denman e Airan Berry, acusados de planejar um ataque marítimo fracassado ao país em maio.

Os ex-executivos, presos em novembro de 2017, são acusados de lavagem de dinheiro e associação criminosa. Suas famílias negam as acusações e o Departamento de Estado denunciou no mês passado o “perigo mortal” que sofrem na prisão.