Francimar Jorge Cavalcante, ex-companheiro da MC Marcelly, admitiu à polícia ter agredido a funkeira no mês passado. Ele foi preso no último domingo (2) por manter a cantora em cárcere privado durante seis dias.

De acordo com o jornal Extra, negou em seu depoimento que tenha mantido Marcelly em cárcere entre os dias 27 de abril e 2 de maio. No entanto, ele admitiu que agrediu a ex-companheira no dia 18 de abril.

Francimar confirmou que agrediu fisicamente a funkeira “com tapas, socos, chutes e pontapés”. Ele admitiu ainda que durante as discussões com Marcelly “proferiu ameaças e ofensas verbais” por estar nervoso, mas alegou não se lembrar do que tinha falado, pois estava “muito abalado psicologicamente”.

Mc Marcelly relatou à polícia que foi mantida em cárcere privado porque Francimar não aceitava o fim do relacionamento de 11 anos. Francimar chegou a levá-la para Paraty, na Costa Verde do Rio, contra a sua vontade. A funkeira contou que no período em que esteve sob o domínio do companheiro não foi agredida fisicamente, mas sofreu diversas agressões psicológicas. Segundo a cantora, o acusado dizia que caso ela tentasse alguma coisa, ele sabia o endereço de seus familiares. A cantora também relatou ter sido impedida de ficar com o próprio celular.

Marcelly relata que no dia 27 de abril voltou para casa, pois Francimar afirmou que iria aceitar a separação amigavelmente. No entanto, não foi isso que ocorreu e ele passou a impedir que ela deixasse o apartamento.

Francimar foi preso em flagrante por policiais militares no apartamento do casal. Os PMs foram acionados pelo irmão da funkeira, com quem a cantora conseguiu fazer contato em um momento de distração do ex-companheiro.

Os policiais que atenderam a ocorrência precisaram arrombar a porta do apartamento, já que ninguém atendia aos chamados da equipe. Em depoimento, Marcelly relatou que Francimar a obrigou a manter-se em silêncio, ameaçando lhe fazer algo caso gritasse ou abrisse a porta.

Os PMs que estiveram no imóvel onde vivia o casal, após arrombarem a porta, relataram que encontraram Marcelly deitada na cama junto com Francimar.

De acordo com os policiais, a mulher estava muito nervosa, trêmula, e com sinais externos de agressão. Francimar estava ao lado dela, no interior do quarto, sem sinais de agressão.