ROMA, 24 AGO (ANSA) – Morreu no início da madrugada desta segunda-feira (24) em Roma, aos 94 anos, o jornalista, escritor e ex-conselheiro presidencial Arrigo Levi, informou a família. A causa da morte não foi revelada, mas os familiares informaram que ele faleceu em casa, onde estava se recuperando de uma internação recente causada por “problemas da idade”.
Nascido em 1926, em Modena, Levi fugiu da Itália em 1942 por conta da perseguição aos judeus promovida pelo governo fascista.
No exílio em Buenos Aires, na Argentina, começou sua carreira de jornalista e, mais tarde, já em Moscou, na Rússia, foi correspondente de alguns dos mais importantes jornais do país, como o “Corriere della Sera” e “Il Giorno”. Também trabalhou em outras capitais do mundo, como Londres.
Já de volta à Itália, foi diretor de jornais e emissoras, apresentador televisivo e autor de diversos livros, tendo sido também conselheiro presidencial para a comunicação nos governos de Carlo Azeglio Ciampi (1999-2006) e Giorgio Napolitano (2006-2015).
O atual presidente italiano, Sergio Mattarella, enviou uma nota de condolências para a filha do escritor, Donatella Levi.
“Soube com tristeza a notícia da morte de seu pai, Arrigo, jornalista culto e refinado, diretor firme, por longos anos estimado conselheiro para a Presidência da República sob os mandatos de Ciampi e Napolitano. Com os seus livros, as suas matérias do exterior e as suas transmissões televisivas, contou e interpretou perfeitamente as grandes convulsões da era contemporânea”, escreveu Mattarella.
A família informou que o velório e enterro serão realizados de maneira privada “nos próximos dias”. (ANSA).