Kate Greville, ex-companheira da lenda do Manchester United Ryan Giggs, descreveu entre lágrimas nesta terça-feira (9) o comportamento “agressivo” do ex-jogador de futebol, que ela acusa de violência doméstica.

Giggs, de 48 anos, que conquistou a Liga dos Campeões com a camisa do Manchester United e treinava até pouco tempo a seleção de Gales, assistiu do banco dos réus à audiência do processo contra ele em um tribunal de Manchester.

O ex-meio campista se declara inocente e pode ser condenado a até cinco anos de prisão. Ele é acusado de agredir sua ex-namorada, Kate Greville, em 2020. Giggs também deve se defender de um suposto comportamento opressivo durante a relação, que começou em 2017.

Um dia depois do início do processo amplamente divulgado, o júri assistiu imagens de um depoimento de Greville à polícia.

Algumas vezes entre lágrimas, a profissional de relações públicas, de 36 anos, que conheceu Giggs por seu trabalho, relatou que “estava loucamente apaixonada por ele”, mas que “percebeu claros sinais de alerta”, desde o início.

O atleta foi detido em novembro de 2020, depois que agentes estiveram na residência do casal por uma briga violenta.

A acusação afirma que Giggs, durante este incidente, bateu na cabeça de Greville, ferindo seus lábios além de dar uma cotovelada no maxilar da irmã, que tentou defendê-la.

O advogado do ex-atleta, Chris Daw, declarou na segunda-feira que seu cliente “não recorreu a nenhum tipo de violência ilegal”, mas afirmou que Giggs reconhece que seu comportamento “moral estava longe de ser perfeito”.

Greville relatou suas suspeitas de infidelidade, negadas agressivamente por Giggs, que chegou a bloquear seu número e ignorar a ex-namorada. Depois, implorou por uma reconciliação.

“Era como una luta mental constante. Comecei a sentir uma ansiedade horrível”, detalhou.

Greville também relatou uma briga em um hotel no começo da relação em 2017, na qual afirma que Giggs “explodiu” e a arrastou nua para o corredor, onde jogou tudo que tinha dentro de sua mala.

A ex-namorada também confessou entre soluços que teve pensamentos suicidas: “Não queria mais continuar”.

Greville contou que Giggs a deixou “paranoica” e que ela até mesmo se perguntava se estava ficando “louca”. “Suponho que eu era apenas ingênua e estava vulnerável”, destacou.