ROMA, 11 ABR (ANSA) – O Ministério Público de Roma estaria investigando o ex-coordenador das ações do governo contra a pandemia de Covid, Domenico Arcuri, no âmbito da inquérito sobre a compra de máscaras chinesas no valor de 1,25 bilhão de euros.   

A denúncia foi revelada neste domingo (11) pelo jornal italiano “La Verità”, que informa que o ex-CEO da Ivitalia, agência italiana de atração de investimentos, teria sido inscrito no registro de suspeitos por peculato.   

Durante a primeira fase da pandemia, o fornecimento das máscaras contra o novo coronavírus era feito pela China, já que a Itália não tinha uma indústria capaz de produzir uma grande quantidade do equipamento de proteção para atender a demanda.   

Na ocasião, em 24 de fevereiro de 2020, chegou na Itália uma remessa com algumas máscaras sem certificação. O lote, porém, foi confiscado.   

Segundo a reportagem, o ex-comissário está sob investigação por peculato, apropriação indébita de funcionária público, juntamente com seu ex-colaborador Antonio Fabbrocini.   

A investigação é coordenada pelo procurador-geral Michele Prestipino e refere-se ao fornecimento de 801 milhões de máscaras que a Itália adquiriu da China pelo valor de 1,25 bilhão de euros.   

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

De acordo com relatos, sete pessoas estão sob investigação por crimes que vão desde o tráfico de influências ilícitas ao recebimento de bens roubados e lavagem de dinheiro.   

Pelo menos quatro empresas são investigadas, e entre os suspeitos aparece o ex-jornalista da Rai, Mario Benotti, que teria aproveitado de sua relação com Arcuri para fazer uma mediação ilícita. Arcuri foi demitido em março pelo primeiro-ministro Mario Draghi em meio às críticas pelos partidos especialmente pela lentidão na compra e distribuição de máscaras, equipamentos de proteção e vacinas e pela concentração de poderes em suas mãos.   

Em sua defesa, o italiano afirmou que não tem informações sobre a denúncia anunciada pelo jornal, mas disse que continuará a colaborar com as autoridades do país e, se precisar, fornecerá todos os detalhes úteis para a condução das investigações.   

(ANSA)


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias