O ex-comentarista da Jovem Pan e economista, Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura militar João Figueiredo que vive nos Estados Unidos, se negou a depor no inquérito das jóias – investigação da PF (Polícia Federal) que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – após ser contatado por um agente do FBI. As informações são da coluna de Paulo Cappelli, do Metrópoles.
+ Defesa de Bolsonaro questiona Moraes e pede anulação de inquérito das joias
+ Neto de ex-presidente da ditadura é investigado pela PF por plano de golpe
Paulo Figueiredo vive nos Estados Unidos e é investigado também no inquérito dos atos golpistas de 8 de janeiro, motivo pelo qual foi tirado do quadro de funcionários da Jovem Pan. Por residir no país, a PF teve de entrar em contato com o FBI para conseguir contatar o economista.
Um agente das autoridades americanas entrou em contato com Figueiredo e questionou o brasileiro se ele aceitaria depor no caso. O ex-comentarista da Jovem Pan perguntou se seria ouvido como investigado ou testemunha, informação que o membro do FBI não possuía. Por conta disso, o economista afirmou que só iria atender ao pedido se recebesse uma carta rogatória com informações sobre o inquérito.
O inquérito das joias investiga uma possível apropriação de Jair Bolsonaro e aliados políticos a itens que pertenciam ao acervo da Presidência da República.
A Polícia Federal procurou, além de Paulo Figueiredo, o médico do ex-chefe de estado, Ricardo Camarinha, que aceitou depor no inquérito. O cardiologista é investigado pela possibilidade de ter sido um funcionário fantasma da Apex (Agência Brasileira de Exportação e Investimentos), vinculada ao Ministério da Indústria, Comércio e Serviços, durante o período de dez meses.
A Apex teria sido usada para ocultar e vender joias.