Recentemente, é possível observar uma politização dos quartéis. Além disso, um coronel da Polícia Militar de São Paulo fez uma manifestação explícita sobre a situação, levantando um alerta. Por isso, o jornal O Globo ouviu oficiais da reserva sobre o assunto.

De acordo com a reportagem, os coronéis ouvidos minimizam a hipótese de um levante generalizado a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Porém, alguns enxergam as iniciativas dele como uma “cooptação” dos agentes.

Segundo o coronel da reserva Robson Rodrigues, ex-chefe do Estado Maior da PM do Rio de Janeiro, o projeto de Bolsonaro é “arruaceiro” e os policiais não vão embarcar nesse tipo de ideia.

Já o coronel Mário Sérgio Duarte, ex-comandante da PM fluminense, acredita que há “identidade” entre policiais militares e o presidente. Além disso, ele nega que Bolsonaro semeie “indisciplina” na corporação.

De acordo com José Vicente da Silva, ex-secretário nacional de Segurança Pública e coronel reformado da PM de São Paulo, o “entusiasmo” das tropas em relação ao presidente não gera insubordinação.

No entanto, Glauco Carvalho, ex-comandante da PM de São Paulo, acredita que Bolsonaro é uma pessoa que “não consegue viver de forma pacificada” e tenta radicalizar uma parcela das polícias militares.