Dois ex-colaboradores de Benjamin Netanyahu, o diretor do grupo de telecomunicações Bezeq e outras quatro pessoas foram detidas no âmbito de uma investigação de corrupção que implica o primeiro-ministro israelense, informou a polícia nesta terça-feira.

O novo caso foi revelado uma semana depois da polícia recomendar o indiciamento de Netanyahu por corrupção, fraude e abuso de confiança em outros dois casos.

Embora o nome do primeiro-ministro ainda não tenha sido citado neste caso, a imprensa afirma que tanto ele como sua esposa Sara podem ser interrogados.

De acordo com vários meios de comunicação, o grupo Bezeq teria sido beneficiado em troca de uma cobertura favorável a Netanyahu no Walla, um dos sites de notícias mais importantes de Israel, que pertence à empresa.

A polícia deteve as sete pessoas no domingo, mas só revelou suas identidades nesta terça-feira.

Entre os detidos estão dois ex-colaboradores de Netanyahu: Nir Hefetz, que foi seu porta-voz, e Shlomo Filber, que foi chefe de gabinete do ministério das Comunicações.

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Shaul Elovitch, diretor do grupo Bezeq, da operadora de TV por satélite Yes e do site Walla, também foi detido ao lado de sua esposa Iris, seu filho Or e outros dois executivos do grupo.

“É uma nova investigação sem sentido, sob pressão dos meios de comunicação. A caça às bruxas midiática prossegue”, afirmou Netanyahu em um comunicado.

Na semana passada, a polícia recomendou o indiciamento de Netanyahu em outros dois casos. No primeiro, o chefe de Governo tentou supostamente fechar um acordo com o proprietário do Yediot Aharonot, grande jornal israelense, para receber uma cobertura favorável.

No segundo caso, a polícia acredita que Netanyahu e alguns membros de sua família receberam um milhão de shekels (230.000 euros) em presentes como charutos caros, garrafas de champanhe e joias em troca de favores financeiros ou pessoais.


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