Por Jonathan Stempel

NOVA YORK (Reuters) – Um juiz federal dos Estados Unidos decidiu na terça-feira que um ex-chefe de segurança digital da Uber deve enfrentar acusações de fraude eletrônica por seu suposto papel na tentativa de encobrir um ataque hacker sofrido pela empresa em 2016 e que expôs informações pessoais de 57 milhões de passageiros e motoristas.

O réu foi originalmente indiciado em setembro de 2020 e acredita-se que seja o primeiro executivo de segurança da informação acusado criminalmente por ocultação de um ataque hacker.

O Departamento de Justiça dos EUA acrescentou em dezembro três acusações contra Joseph Sullivan a um processo aberto anteriormente, dizendo que ele pagou dois hackers em troca de seu silêncio, enquanto tentou esconder o ataque dos passageiros, motoristas e da Comissão Federal de Comércio do país (FTC).

O juiz distrital William Orrick rejeitou a defesa de Sullivan que argumentou problemas na acusação. Orrick também rejeitou a alegação de Sullivan de que as pessoas supostamente enganadas foram o então presidente-executivo da Uber, Travis Kalanick, e seu conselheiro geral, não os motoristas cadastrados na plataforma.

Os advogados de Sullivan não responderam imediatamente aos pedidos de comentários. Sullivan também enfrenta duas acusações de obstrução.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Os promotores disseram que Sullivan pagou aos hackers 100 mil dólares em bitcoins e fez com que eles assinassem acordos de confidencialidade que afirmavam falsamente que não tinham roubado os dados.

Dara Khosrowshahi, atual presidente-executivo da Uber, demitiu Sullivan depois de tomar conhecimento do tamanho da invasão dos dados.

(Por Jonathan Stempel)

tagreuters.com2022binary_LYNXMPEI5S0X4-BASEIMAGE


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias