WASHINGTON, 15 JUN (ANSA) – Uma juíza federal dos Estados Unidos determinou nesta sexta-feira (15) a prisão do ex-chefe de campanha de Donald Trump, Paul Manafort, que estava em regime domiciliar.   

Manafort foi indiciado, em outubro de 2017, por conspiração, lavagem de dinheiro e evasão de divisas ao fazer lobby para um partido ucraniano pró-Rússia. A decisão da magistrada Amy Berman Jackson chega após as acusações de que o ex-chefe de campanha tentou “contaminar provas” e contatar testemunhas.   

Com isso, Manafort deve ficar na cadeia até seus julgamentos: um deles começará em julho, na Virgínia, e outro, em setembro, em Washington.   

“Uau, que sentença dura para Paul Manafort, que representou Ronald Reagan, Bob Dole e muitos outros políticos e campanhas.   

Não sabia que Manafort era o chefe do crime. E quanto a Comey [ex-diretor do FBI], à corrupta Hillary [Clinton] e a todos os outros? Muito injusto”, escreveu Trump no Twitter.   

Já o advogado do presidente, Rudy Giuliani, afirmou que “algumas coisas poderão ser consertadas com graças presidenciais”.   

Segundo a denúncia, Manafort trabalhou, entre 2006 e 2015, como consultor e representante em Washington do ex-presidente da Ucrânia Viktor Yanukovich, que era apoiado pela Rússia e foi derrubado em 2014.   

Parte dos pagamentos teria transitado por paraísos fiscais de forma ilegal. (ANSA)