Ex-campeão mundial de boxe e atual prefeito de Kiev, capital da Ucrânia, Vitali Klitschko declarou que estará na linha de frente da guerra contra a Rússia. Para o ex-atleta, não há outro caminho senão a luta.

“Eu acredito. Eu acredito na Ucrânia. Eu acredito no meu país e acredito no meu povo. Eu não tenho outra escolha: eu vou lutar. Tenha certeza: a Ucrânia é forte. Ela tem uma capital forte, Kiev, cidades e vilarejos fortes, e um povo forte e unido, que valoriza acima de tudo sua independência, soberania e a paz na Europa. Seu desejo de existir é infinito. Glória à Ucrânia”, declarou Vitali, em entrevista ao programa “Good Morning Britain”.

O irmão mais novo de Klitschko, Wladimir Klitschko, ex-campeão mundial de boxe pela categoria dos pesos-pesados, também divulgou uma carta aberta sobre a situação entre a Ucrânia e a Rússia. Para o ex-pugilista, Vladimir Putin está reescrevendo a história para justificar sua (re)divisão de fronteiras.

“Ele deixa claro que quer destruir o estado ucraniano e a soberania de seu povo. As palavras são seguidas por mísseis e tanques”, disse Wladimir. “Essa loucura tem que acabar agora!”, acrescentou.

Em sua carta, Wladimir também alegou que a guerra contra a Ucrânia é um flagrante da violação dos direitos internacionais e que o ato ameaça a Europa inteira. “Putin quer pôr em causa o equilíbrio geopolítico em toda a Europa, sonha em ser o defensor dos povos eslavos onde quer que estejam e quer restaurar um império caído cujo fim nunca aceitou”, afirmou.

Para o ex-campeão mundial, a Ucrânia foi vítima da democracia, que é comandada por não-democratas. “O povo ucraniano escolheu a democracia. Mas, a democracia é um regime frágil. Não pode se defender; precisa da vontade dos cidadãos, do empenho de todos. Basicamente, não há democracia sem democratas”, comentou.

No início de fevereiro, Wladimir se alistou como reservista do Exército da Ucrânia. “É o amor pela minha cidade, minha casa, minha família, minha filha, que me trouxe hoje aqui. Por isso tomei essa iniciativa e hoje estou participando da defesa territorial”, concluiu.