Aos 22 anos, Talita Araújo participava do Big Brother Brasil 15. Ela, que era comissária de bordo, aproveitou muito da casa: brigou, namorou, e foi eliminada sem levar o prêmio, o que na época não foi um problema para ela. Mas a vida começou a decair quando ela saiu da casa “mais vigiada” do país.
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Um dos pontos altos de Talita no reality foi a briga com Marco.
Talita x Marco (BBB 15) pic.twitter.com/NmWnfCNLa5
— Brigas De Realitys (@realitybrigas) July 10, 2019
A comissária vinha de Goiânia e amava o trabalho, se inscreveu no BBB para ganhar dinheiro e se tornar piloto, mas nunca achou que seria selecionada, até receber a notícia. Talita virou notícia e começou a ser atacada quando fez sexo sem preservativo dentro da casa. Ela entrou no confessionário e pediu uma pílula do dia seguinte.
“Puta, vagabunda, que queria dar o golpe da barriga’. Eram críticas difíceis de escutar. Será que ninguém parou para pensar que o Rafael estava comigo fazendo sexo sem camisinha?”, disse em entrevista ao UOL. Apesar do namoro com o ex-brother ter durado fora do BBB, ela sentiu que foi vítima do machismo e das ofensas, que não pararam.
Com toda essa repercussão, Talita foi demitida da companhia aérea famosa na qual trabalhava. “Quando me informaram que não existia mais a possibilidade de voar pela empresa, uma parte de mim morreu. Fiquei de luto. Eu era tão feliz e gostava tanto! Foi injusto, porque eu não estava representando a empresa no ‘BBB'”, contou.
“Entrei em crise existencial, e a grande pergunta que ecoava na minha cabeça era: ‘Quem sou eu?. Eu sou quem eu penso que sou ou eu sou quem as pessoas acham que eu sou?’. Eu não tinha resposta. Entrei em depressão profunda e desisti da minha vida. Tentei me matar diversas vezes”, confessou. Isso fez com que ela ficasse internada em um hospital psiquiátrico e começasse a fazer terapia.
Ela acredita que a emissora devesse oferecer tratamento psicológico para os ex-brothers e sisters. “Durante o programa existe o suporte psicológico, mas deveria ser algo fornecido pela Globo [após o confinamento]. Se eu tivesse tido uma ajuda, talvez eu não tivesse tido tantos problemas. Poderia ter acontecido o pior. Uma tragédia”, completou.
Hoje, Talita vive em Dublin, estuda inglês e trabalha como garçonete em um bar. “Cada dia me apaixono mais pela cidade e não me vejo indo embora tão cedo. Gosto de trabalhar, de ter meus amigos. Eu vivo minha vida com uma leveza que há muito tempo não sentia.”