Vanessa Danieli, ex-atriz pornô e ex-prostituta, usa as redes sociais para conscientizar seu público sobre os malefícios da indústria pornográfica, e acabou expondo em entrevista ao podcast “Prosa Guiada”, de Emme White, o quanto ganhou com a carreira nos filmes adultos e como garota de programa: nada.

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“Não ganhei dinheiro gravando, na verdade não ganhei nada. Nem no pornô, nem com prostituição. As pessoas vendem a ideia de que o sensual e o erótico vendem muito, que tudo isso dá muito lucro. E isso não é verdade. A indústria ganha porque há uma certa exploração, mas atores e atrizes não. As cenas são cansativas e pesadas. E os cachês são baixos”, explica Vanessa.

Hoje Vanessa é criadora de conteúdo e adepta do marketing de influência, mas na época em que entrou para a prostituição e para a pornografia, ela não se via fora desse mundo. “Parece que entrei num ciclo vicioso, achava que não havia outras oportunidades e caminhos para mim. Parecia que aquilo seria eterno na minha vida, que não tinha luz no fim do túnel. Ouvi pessoas erradas e não consegui me afastar do pornô”, lembra.

“Eu ganhava o suficiente para sobreviver, mas não conseguia poupar ou investir dinheiro. Não sobrava nada porque a vida era tão ruim que eu gastava tudo com supérfluos para esquecer minha rotina”, acrescenta. “Eu vivi muito tempo nisso e sei o que acontece nos bastidores. Eu ataco a indústria, que não trata os profissionais envolvidos com dignidade e respeito. E luto contra a violência e exploração sexual”, completa ela, que foi duramente atacada quando decidiu deixar a indústria. Até hoje ela luta contra o preconceito que sofre pelas escolhas que fez no passado.

“Hoje faço terapia para lidar com tudo isso e levar uma vida normal de novo. Claro que me arrependo de ter entrado no pornô, mas foi necessidade. Era muito jovem e inocente. Não faço apologia à indústria e sou muito firme nas minhas opiniões. Agora a minha missão é defender as mulheres. Estou mobilizando ações para alertar e conscientizar sobre violência sexual”, finaliza.

Confira a entrevista completa: