Mônica Areal, que atuou como atriz em ‘Malhação’, da Globo, entre os anos de 1995 e 1996 – onde interpretou a recepcionista Tininha, surgiu novamente da TV, mas de uma outra forma: em reportagem no Jornal Nacional sobre uma operação policial da qual atualmente exerce a profissão de delegada.

Em entrevista a coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo, ela disse: “Tudo começou quando eu estava em cartaz com a peça “Violetas na janela”, um sucesso estrondoso que rodou por todo o país. Na época, assistindo ao “Fantástico” com os meus pais, passou a reportagem sobre um garoto que havia sido libertado pela polícia após um sequestro. Ao ver aquilo, me dei conta de que era o que eu queria fazer da minha vida. Ainda continuei com a peça por um tempo, ao mesmo tempo em que fazia a faculdade de Direito.

Aprovada na OAB, Mônica contou que prestou concurso e entrou para a polícia aos 38 anos e não teve mais como seguir na carreira de atriz. “Alguns colegas da TV e do teatro ficaram surpresos com a mudança repentina na minha vida. Eu amava atuar, mas descobri que nasci para ser policial. E as artes cênicas me ajudam muito na profissão. Em várias ocasiões, preciso usar a minha desenvoltura e sensibilidade como atriz. Por exemplo, quando vou ouvir uma testemunha”, disse ela.

A delegada ainda ressaltou que lida muito bem com os riscos inerentes à profissão: “Sei, por exemplo, que, se for vítima de um assalto, quase que obrigatoriamente eu vou precisar reagir. Mas sou muito tranquila quanto a isso. Como delegada, preciso lidar com questões burocráticas e operacionais. Sempre gostei mais dessa parte de campo, de estar numa operação. Já passei por alguns sustos, como, por exemplo, ser recebida a tiros de fuzis por bandidos”.

Ela concluiu a sabatina dizendo que pretende arranjar um espaço na agenda profissional para rever sua atuação no folhetim. “Foi uma época muito bacana da minha vida. A personagem começou pequena, mas, com o tempo, foi se destacando e ganhando espaço. Devo muito à Silvia Pfeifer, com quem eu contracenava bastante. Ela era muito generosa e isso permitia que eu pudesse crescer na novela.Também me aproximei muito do André Marques e, de vez em quando, ainda nos falamos”.