O ex-astro do futebol George Weah, presidente da Libéria desde 2017, enfrentará na terça-feira (14) o político veterano Joseph Boakai no segundo turno das eleições presidenciais, que prometem ser muito disputadas.

Mais de 2,4 milhões de eleitores estão registrados para comparecer às urnas neste país de língua inglesa da região oeste da África, que almeja o desenvolvimento e a paz depois de muitos anos marcados pela guerra e por epidemias.

No primeiro turno de 10 de outubro, Weah, 57 anos, foi o mais votado por pequena margem: ele recebeu 43,83% dos votos, contra 43,44% de Boakai, 78 anos.

Os analistas projetam uma eleição muito disputada. Os dois candidatos se enfrentaram em 2017, quando Weah venceu as eleições com 61% dos votos.

O primeiro mandato do ídolo do futebol, único africano que já venceu o prêmio Bola de Ouro, foi muito criticado porque ele não cumpriu todas as promessas de campanha, como melhorar as condições de vida dos mais pobres e lutar contra a corrupção.

Boakai foi vice-presidente de 2006 a 2018 e prometeu restaurar a imagem do país, desenvolver as infraestruturas e melhorar a vida dos pobres.

Mais de 20% da população vive com menos de 2,15 dólares por dia, segundo o Banco Mundial.

Estas eleições são as primeiras organizadas sem a presença da missão da ONU na Libéria, criada em 2003 para garantir a paz depois das guerras civis que provocaram mais de 250.000 mortes entre 1989 e 2003, conflitos muito lembrados no país.

Durante a campanha foram registrados confrontos que deixaram vários mortos, o que provoca o temor de uma onda de violência pós-eleitoral.

A Libéria fica em uma região na qual foram registrados vários golpes de Estado nos últimos anos.

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