Ex-juiz e atual comentarista de arbitragem do Grupo Globo, Paulo César de Oliveira sofreu injúria racial em seu perfil do Instagram. Ele foi alvo de comentário racista após o jogo que terminou com a vitória do Fluminense por 2 a 1 sobre o Corinthians, no último domingo (13).

O internauta “Gugu.Berti” comentou em uma publicação de Paulo Cesar e o chamou de “macaco sem vergonha”.

Paulo César é alvo de comentário racista (Reprodução) (Crédito:Reprodução redes sociais)

“Foi um comentário de um internauta, vi só na segunda-feira. Ontem (terça) fiz contato com a delegacia especializada em crime virtual em São Paulo e hoje como vou trabalhar lá, estou na estrada e vou registrar a ocorrência. Pediram pra salvar a URL do perfil, o print, e já fiz isso. Estou indo agora à tarde. O comentário ainda está na minha publicação, não respondi nada para não alardear, mas pedi orientação ontem e vou registrar. É inaceitável”, disse o ex-árbitro ao GE.

A ofensa aconteceu após Paulo César comentar o pênalti marcado contra o alvinegro, o qual gerou reclamações dos torcedores do timão. O comentarista concordou com a marcação.

“Nessa ação do Bruno Méndez, ele está com o braço muito levantado. Mesmo batendo no corpo antes, aquele braço acima da linha do ombro, numa posição antinatural, é pênalti. Houve mudança na orientação”, comentou Paulo César de Oliveira na transmissão pela Central do Apito.

Não foi a primeira vez

O comentarista disse que já foi vítima de comentários racistas quando ainda atuava como árbitro.

“A primeira infelizmente foi com o falecido Carlos Alberto Torres, ele era técnico do Paysandu, fiz um jogo entre Paysandu e Flamengo, ele me ofendeu, chamou de negro de merda, teve uma repercussão muito grande, mas depois me pediu desculpas pessoalmente. Cheguei a processá-lo, mas com o pedido de desculpas abri mão do processo, perdoei, que a alma dele descanse em paz”, lembrou o ex-juiz.

“Mas desta vez não conheço o internauta, não sei se é perfil falso ou se não é, acho que não, mas vou levar o caso adiante para servir mesmo como um processo educativo, uma forma de repudiar essa conduta”, completou o comentarista.