Uma jovem morreu e um estudante ficou ferido nesta segunda-feira(19) em um ataque com arma de fogo em uma escola em Cambé, próximo a Londrina, norte do Paraná. O agressor, segundo as autoridades, seria um ex-aluno e foi detido.

“Um ex-aluno entrou armado”, após apresentar-se na escola para “solicitar seu histórico escolar”, informou o governo do Paraná em nota.

“Segundo as informações iniciais, houve um episódio de violência, uma aluna morreu e outro aluno foi baleado e está internado”, acrescentou.

O texto não deu detalhes sobre o estado de saúde do estudante ferido nem a idade das vítimas e do agressor. Segundo a imprensa local, o atirador tem 21 anos.

“Infelizmente uma jovem perdeu a vida, outro foi baleado(…) Quero, em nome do presidente Lula e todo o governo federal, manifestar solidariedade às famílias”, afirmou o ministro da Justiça, Flávio Dino, em um evento no Rio de Janeiro.

Os ataques em escolas aumentaram recentemente no Brasil e as autoridades os atribuem, em parte, à “apologia à violência” que circula nas redes sociais.

“Está na palma da mão da nossa juventude, pelos smartphones, pelos tablets e pela proliferação irresponsável de mensagens de violência e ódio na internet”, afirmou Dino nesta segunda-feira.

Em abril, quatro crianças de 4 a 7 anos foram assassinadas em uma creche em Blumenau, Santa Catarina, por um homem que os atacou com uma arma branca. Os assassinatos comoveram o país e o governo de Lula anunciou uma série de medidas de regulamentação das redes sociais para combater as crescentes ameaças contra escolas.

Em 2019, oito pessoas foram mortas em uma escola de ensino médio em Suzano, município de São Paulo. Seus autores, dois ex-alunos, se suicidaram depois.

O pior ataque registrado no Brasil foi em 2011: 12 crianças morreram quando um homem abriu fogo em sua antiga escola em Realengo, subúrbio do Rio de Janeiro, e depois se matou.

mel/app/jc/aa