Rudy Giulliani, ex-advogado de Donald Trump, disse que se apresentará nesta quarta-feira (23) às autoridades da Geórgia como acusado de ter tentado alterar o resultado das eleições de 2020 nesse estado do sul dos EUA, um dia antes que o ex-presidente.

Trump, Giulliani e outros 17 coacusados tem até quinta-feira para se apresentar.

“Sou adulto. Posso suportar isso. Enfrentei batalhas muito piores do que essa”, disse Giulliani, ex-promotor federal, aos jornalistas na porta de sua casa em Nova York.

“Não é normal que tenham acusado todos os seus advogados”, afirmou Giulliani, que avalia que “o sistema judicial foi politizado”.

Giulliani diminuiu a importância da foto que as autoridades provavelmente irão tirar dele na prisão do condado de Fulton e lembrou que foi promotor antimáfia em Nova York.

“Vão me fotografar. Não tem graça? Uma foto do homem que provavelmente colocou na cadeia os piores criminosos do século XX”, disse. “Vão me desacreditar tirando uma foto minha”.

Giulliani foi prefeito de Nova York entre 1994 e 2001 e a cidade estava sob seu comando quando foi atingida pelos atentados de 11 de setembro de 2001. Foi assessor jurídico de Trump nos últimos anos.

“Sou o mesmo Rudolph Giulliani que acabou com a máfia, que fez de Nova York a cidade mais segura dos Estados Unidos”, disse, destacando que o julgamento demonstrará que as acusações são “um completo engano e uma mentira”.

“Acusaram pessoas neste caso que nem sequer sei quem são. São pessoas normais que ganham a vida normalmente. Vão levá-los à falência. Não os condenarão”, disse.

Além de Giulliani e Trump, os promotores da Geórgia acusaram o ex-chefe de gabinete da Casa Branca Mark Meadows e outros advogados do ex-presidente.

John Eastman, um ex-advogado de campanha de Trump e Scott Hall foram fichados na terça-feira enquanto os advogados Kenneth Chesebro e Ray Smith haviam se apresentado na quarta-feira.

Espera-se que Trump se apresente na quinta-feira, antes do limite de quinta ao meio-dia (13h horário de Brasília) fixada pelas autoridades.

Trump, favorito para a nomeação republicana com vista às presidenciais de 2024, enfrenta quatro julgamentos penais.

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