O advogado Rodrigo Tacla Duran, que prestava serviços para a empreiteira Odebrecht, entregou fotos e gravações à Justiça. De acordo com ele, esses arquivos comprometeriam o ex-juiz da Lava Jato e atualmente senador Sergio Moro (União Brasil-PR).

Procuradores já pediram para que os documentos sejam preservados sob sigilo mais restritivo possível. Tacla Duran decidiu entregar os arquivos após ter sido apontado como operador financeiro da Odebrecht, onde trabalhou entre 2011 e 2016, pelo Ministério Público Federal (MPF). Desde essa acusação, decidiu contragolpear.

Em 2017, ao jornal Folha de S.Paulo, o advogado acusou Carlos Zucolotto Junior, amigo e padrinho de casamento de Sergio Moro, de intermediar negociações paralelas com a força-tarefa da Lava Jato. As conversas, segundo Tacla Duran, envolveriam diminuição de pena e valores para um acordo de delação premiada.

No dia 16 de março, o juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba, revogou a prisão preventiva de Tacla Duran após o Supremo Tribunal Federal (STF) suspender cinco processos da Operação Lava Jato que usaram provas apresentadas por delatores da Odebrecht.