Os ministros das Finanças da Eurozona se reúnem em Bruxelas para buscar um acordo que permita liberar uma nova parcela da ajuda financeira à Grécia, depois da aprovação pelo Parlamento de Atenas de uma impopular reforma da previdência exigida pelos credores.

Com as reformas adotadas, em meio a protestos, os ministros devem debater pela primeira vez desde o resgate financeiro inicial, de 2010, como tornar viável a colossal dívida da Grécia, que alcança 180% do Produto Interno Bruto (PIB).

O debate foi uma das poucas vitórias obtidas pelo primeiro-ministro grego Alexis Tsipras após meses de negociações críticas, que resultaram no acordo sobre o terceiro resgate à Grécia, de 86 bilhões de euros, no ano passado.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) impõe como condição para participar no resgate uma análise sobre a maneira de aliviar a dívida, algo que tem a oposição da Alemanha, embora o país deseje a participação do organismo internacional na operação de ajuda.

Tsipras e o ministro grego das Finanças, Euclides Tsakalotos, esperam que, com as impopulares reformas aprovadas, os sócios da Eurozona autorizem as novas parcelas da ajuda e preparem o caminho para o debate sobre a dívida.

O país recebeu até o momento 21,4 bilhões de euros e deve pagar 2,3 bilhões de euros ao Banco Central Europeu (BCE) em 20 de julho. Ao final da primeira revisão do programa, Atenas deveria receber ao menos EUR 5,4 bilhões.

pa.zm/fp