Ao menos 15.000 pessoas morreram na Europa nas ondas de calor registradas em 2022, informou nesta segunda-feira (7) a Organização Mundial da Saúde (OMS), destacando a Espanha e a Alemanha como os países mais afetados.

Os três meses entre junho e agosto foram os mais quentes na Europa desde que começaram a ser feitos registros, com temperaturas excepcionalmente altas que provocaram a pior seca detectada no continente desde a Idade Média.

“Com base em dados enviados pelos países até agora, estima-se que ao menos 15.000 pessoas tenham morrido especificamente devido às ondas de calor em 2022”, disse em nota o diretor-regional da OMS, Hans Kluge.

“Quase 4.000 mortes na Espanha, mais de 1.000 em Portugal, mais de 3.200 no Reino Unido e umas 4.500 mortes na Alemanha foram registradas pelas autoridades sanitárias durante os três meses de verão”, acrescentou.

“Espera-se que esta estimativa aumente, conforme mais países forem informando as mortes provocadas pelo calor”, destacou Kluge.

Os cultivos europeus murcharam nos celeiros e a falta de chuvas provocou incêndios de uma intensidade recorde, colocando sob pressão as redes elétricas do continente.

As sucessivas ondas de calor entre junho e julho, quando os termômetros alcançaram os 40 ºC no Reino Unido pela primeira vez, deixaram na Europa um excesso de 24.000 óbitos, aproximadamente.