O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) alertou, nesta quinta-feira (7), que há uma onda preocupante de Infeções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) na Europa, o que exige um maior trabalho de prevenção.

Em 2022, as infecções por gonorreia aumentaram 48%, com 70.881 casos na União Europeia; as infecções por sífilis 34% (35.391 casos) e as infecções por clamídia 16% (216.508 casos), de acordo com o relatório anual da agência.

“Este aumento é tão surpreendente quanto preocupante”, disse a diretora do ECDC, Andrea Ammon, em coletiva de imprensa.

“Estes números, embora importantes, provavelmente representam apenas a ponta do iceberg, porque os dados podem estar subestimados”, acrescentou, explicando que isso se deve às diferenças nas práticas de detecção, mas também no acesso aos serviços de saúde sexual nos 27 países abrangidos pela agência.

Os resultados mostram que há “uma necessidade urgente de aumentar a sensibilização sobre a transmissão de ISTs e de melhorar a prevenção, o acesso a testes e a tratamentos eficazes para enfrentar este desafio de saúde pública”, destacou o ECDC em um comunicado.

“Devemos dar prioridade à educação sexual, expandir o acesso aos serviços de detecção e tratamento e combater o estigma associado às ISTs”, explicou Ammon no comunicado.

Além disso, deve ser encorajado o uso consistente do preservativo durante as relações sexuais, assim como um “diálogo aberto” sobre as ISTs.

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