Diante do aumento dos ciberataques, a Europa estuda a criação de um “escudo” virtual, com um custo superior a um bilhão de euros, afirmou o comissário de Mercado Interno da Comissão Europeia, Thierry Breton.

“Nossa ambição é criar um ‘escudo cibereuropeu’ que permitirá detectar de melhor maneira os ataques em seu estado inicial. Atualmente podem passar até 190 dias entre a propagação de um malware (vírus) e o início de um ataque”, explica Breton em uma entrevista ao jornal Les Echos.

O investimento necessário é superior a um bilhão de euros e será financiado “em dois terços” pela Comissão, explicou o comissário, que deve apresentar em 18 de abril o projeto “Cyber Solidarity Act”.

A partir de 2024, as autoridades europeias começarão a construir vários “centros operacionais de segurança” para reforçar a cibersegurança dos Estados membros, disse Breton durante um fórum internacional em Lille (norte de França).

“Com a guerra na Ucrânia os ciberataques aumentaram 140% na Europa. Neste cenário, a união e coordenação das nossas forças a nível europeu são mais necessárias do que nunca, porque a ameaça vai crescer”, alertou.

A União europeia já tem o ‘Cyber Resilience Act’, uma lei anunciada no fim do ano passado que estabelece regras comuns sobre objetos conectados, ou a diretriz NIS 2, prevista para 2024, que impõe às empresas novas obrigações em termos de segurança.

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