O Parlamento Europeu pediu nesta sexta-feira eleições presidenciais e legislativas “livres, transparentes e confiáveos” como condição para uma solução para a crise na Venezuela e rejeitou a “intimidação” da oposição ao presidente Nicolás Maduro.

Por 487 votos a favor, 119 contra e 79 abstenções, os eurodeputados instam Caracas a reconhecer “a atual crise humanitária” e a comunidade internacional a desbloquear “o quanto antes” os fundos comprometidos com os migrantes.

Os eurodeputados reiteraram seu apoio a Guaidó como “presidente interino legítimo” e instaram a criar “condições que permitam a realização de eleições presidenciais e legislativas livres, transparentes e confiáveis”.

As autoridades eleitorais venezuelanas programaram para 6 de dezembro as eleições para o parlamento na Venezuela, o único poder controlado pela oposição. Os principais partidos da oposição boicotam a votação.

O Parlamento Europeu rejeitou os “atos de intimidação” contra os membros da Assembléia Nacional e a “nomeação antidemocrática” dos novos membros do Conselho Nacional Eleitoral.

A resolução ocorre após um esforço diplomático entre a UE e o governo venezuelano, que finalmente reverteu sua decisão de expulsar o embaixador do bloco após novas sanções europeias contra 11 autoridades venezuelanas.

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Os eurodeputados pedem aos países da UE que ajam “com reciprocidade” se a situação for reproduzida e apliquem sanções aos líderes venezuelanos, em uma referência velada à escala do vice-presidente Delcy Rodríguez na Espanha.

A Venezuela se tornou em 2017 o primeiro país latino-americano sancionado pela UE, que também impôs um embargo de armas. O bloco também busca aliviar a crise humanitária no país e a crise de refugiados nos países vizinhos.


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