Os Estados Unidos venceram a Holanda por 2 a 0 neste domingo, em Lyon, na França, na final da Copa do Mundo feminina e conquistaram o tetracampeonato (1991, 1999, 2015 e 2019).

A veterana meia-atacante Megan Rapinoe abriu o placar aos 16 minutos do segundo tempo, convertendo um pênalti que foi confirmado pelo VAR e Rose Lavelle aumentou aos 23, com um chute forte e colocado no canto esquerdo da goleira Van Veenendaal.

A final teve um início frio, com as duas equipes se estudando, mas logo as americanas começaram a atacar mais levando perigo constante à área holandesa.

A Holanda, que entrou em campo com a craque Lieke Martens (dúvida até a véspera da decisão, com dores no dedão do pé) conseguiu resistir ao bombardeio americano.

– EUA furam defesa holandesa –

Mas no segundo tempo a zagueira Stefanie Van der Gragt levantou demais o pé esquerdo dentro da área e atingiu o ombro da atacante Alex Morgan, A árbitra francesa Stephanie Frappart consultou o VAR e marcou o pênalti.

Megan Rapinoe deslocou a goleira Stefanie van Der Gragt, que quase não se mexeu, fez o primeiro gol da partida e comemorou com sua pose de braços abertos, que se tornou uma marca registrada.

Após esse gol, as holandesas, que até então haviam apostado no contra-ataque, tiveram que partir para cima.

Mas o time laranja se abriu, criando espaços para as americanas. Foi assim que Rose Lavelle, em uma jogada individual, conduziu a bola pelo meio, e pouco depois de entrar na área, marcou seu terceiro gol do torneio, com um chute cruzado. O gol foi uma recompensa pelas belas atuações da jogadora ao longo do torneio.

Mesmo com a vantagem, os Estados Unidos continuaram criando chances e poderiam ter ampliado mas esbarraram na goleira holandesa. Mas o 2 a 0 foi suficiente e confirmou a superioridade do time americano, que venceu todos os sete jogos que disputou na competição.

– Hegemonia americana –

Os Estados Unidos nunca ficaram fora do pódio nos oito mundiais disputados, com os quatro títulos, um vice-campeonato (2011) e três terceiros lugares (1995, 2003 e 2007).

A esse retrospecto invejável se somam quatro ouros olímpicos, em seis edições disputadas.

Além de estar em três finais consecutivas, a treinadora Jill Ellis é a primeira a ganhar duas vezes seguidas uma Copa, tanto no feminino quanto no masculino, desde a façanha do italiano Vittorio Pozzo em 1934 e 1938.

“Este é realmente um grupo de jogadoras formidáveis e de pessoas excepcionais. Colocaram o coração e a alma nesta aventura. Não tenho palavras suficientes para agradecer. É fantástico”, resumiu Ellis.

Com o gol marcado, Megan Rapinoe chegou aos seis e se tornou artilheira ao lado de sua compatriota Alex Morgan, e Ellen White, da Inglaterra, também com seis gols cada.

A goleira holandesa Van Veenendaal foi eleita a melhor da Copa na posição.

A jovem alemã Giulia Gwinn ganhou o prêmio de revelação da Copa do Mundo. Já a seleção da França recebeu o prêmio de Fair Play da Fifa.

Rapinoe também ganhou a chuteira de ouro e Alex Morgan ficou com a de prata. Ellen White, da Inglaterra, ficou com o bronze.

“É incrível… Só de pensar em todos que trabalharam tanto para isso, todas as jogadoras… todas as nossas famílias estão aqui. É realmente extraordinário, surreal. A Rose Lavelle driblou muito bem, ela abriu o jogo. Não é uma estrela em ascensão, já é uma super-estrela. Esse título é uma recompensa, é o dia mais importante. Nós estamos loucas de alegria mas estamos muito cansadas! Não nos rendemos nunca, estamos unidas e nos entregamos ao máximo para vencer”.

Todos os campeões da Copa do Mundo feminina:

2019: Estados Unidos

2015: Estados Unidos

2011: Japão

2007: Alemanha

2003: Alemanha

1999: Estados Unidos

1995: Noruega

1991: Estados Unidos

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