07/07/2019 - 15:05
Os Estados Unidos venceram a Holanda por 2 a 0 neste domingo, em Lyon, na França, na final da Copa do Mundo feminina e conquistaram o tetracampeonato (1991, 1999, 2015 e 2019).
A veterana meia-atacante Megan Rapinoe abriu o placar aos 16 minutos do segundo tempo, convertendo um pênalti que foi confirmado pelo VAR e Rose Lavelle aumentou aos 23, com um chute forte e colocado no canto esquerdo da goleira Van Veenendaal.
A final teve um início frio, com as duas equipes se estudando, mas logo as americanas começaram a atacar mais levando perigo constante à área holandesa.
A Holanda, que entrou em campo com a craque Lieke Martens (dúvida até a véspera da decisão, com dores no dedão do pé) conseguiu resistir ao bombardeio americano.
Mas no segundo tempo a zagueira Stefanie Van der Gragt levantou demais o pé esquerdo dentro da área e atingiu o ombro da atacante Alex Morgan, A árbitra francesa Stephanie Frappart consultou o VAR e marcou o pênalti.
Megan Rapinoe deslocou a goleira Stefanie van Der Gragt, que quase não se mexeu, fez o primeiro gol da partida e comemorou com sua pose de braços abertos, que se tornou uma marca registrada.
Após esse gol, as holandesas, que até então haviam apostado no contra-ataque, tiveram que partir para cima.
Mas o time laranja se abriu, criando espaços para as americanas. Foi assim que Rose Lavelle, em uma jogada individual, conduziu a bola pelo meio, e pouco depois de entrar na área, marcou seu terceiro gol do torneio, com um chute cruzado. O gol foi uma recompensa pelas belas atuações da jogadora ao longo do torneio.
Mesmo com a vantagem, os Estados Unidos continuaram criando chances e poderiam ter ampliado mas esbarraram na goleira holandesa. Mas o 2 a 0 foi suficiente e confirmou a superioridade do time americano, que venceu todos os sete jogos que disputou na competição.
Os Estados Unidos nunca ficaram fora do pódio nos oito mundiais disputados, com os quatro títulos, um vice-campeonato (2011) e três terceiros lugares (1995, 2003 e 2007).
A esse retrospecto invejável se somam quatro ouros olímpicos, em seis edições disputadas.
Além de estar em três finais consecutivas, a treinadora Jill Ellis é a primeira a ganhar duas vezes seguidas uma Copa, tanto no feminino quanto no masculino, desde a façanha do italiano Vittorio Pozzo em 1934 e 1938.
“Este é realmente um grupo de jogadoras formidáveis e de pessoas excepcionais. Colocaram o coração e a alma nesta aventura. Não tenho palavras suficientes para agradecer. É fantástico”, resumiu Ellis.
Com o gol marcado, Megan Rapinoe chegou aos seis e se tornou artilheira ao lado de sua compatriota Alex Morgan, e Ellen White, da Inglaterra, também com seis gols cada.
A goleira holandesa Van Veenendaal foi eleita a melhor da Copa na posição.
A jovem alemã Giulia Gwinn ganhou o prêmio de revelação da Copa do Mundo. Já a seleção da França recebeu o prêmio de Fair Play da Fifa.
Rapinoe também ganhou a chuteira de ouro e Alex Morgan ficou com a de prata. Ellen White, da Inglaterra, ficou com o bronze.
“É incrível… Só de pensar em todos que trabalharam tanto para isso, todas as jogadoras… todas as nossas famílias estão aqui. É realmente extraordinário, surreal. A Rose Lavelle driblou muito bem, ela abriu o jogo. Não é uma estrela em ascensão, já é uma super-estrela. Esse título é uma recompensa, é o dia mais importante. Nós estamos loucas de alegria mas estamos muito cansadas! Não nos rendemos nunca, estamos unidas e nos entregamos ao máximo para vencer”.
Todos os campeões da Copa do Mundo feminina:
2019: Estados Unidos
2015: Estados Unidos
2011: Japão
2007: Alemanha
2003: Alemanha
1999: Estados Unidos
1995: Noruega
1991: Estados Unidos
adc-jde/bfi/aam