NOVA YORK, 18 FEV (ANSA) – O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, confirmou nesta quarta-feira (17) que os Estados Unidos vão quitar a dívida de cerca de US$ 200 milhões (pouco mais de R$ 1 bilhão) com a Organização Mundial da Saúde (OMS) até o fim de fevereiro.   

“Hoje, confirmo que neste mês os Estados Unidos pretendem pagar os US$ 200 milhões das contribuições à OMS. Esse é mais um passo adiante para cumprir completamente as nossas obrigações financeiras como um membro da OMS e reflete nosso renovado compromisso para garantir que a OMS tenha o apoio necessário para liderar a resposta global contra a pandemia”, destacou Blinken em uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre as vacinas.   

Os pagamentos dos norte-americanos foram suspensos em abril do ano passado por ordem do então presidente Donald Trump, que acusava o órgão de “beneficiar” os chineses e não cobrar ações contra Pequim por conta do “vírus chinês”. Àquela altura, o país era o maior contribuinte da OMS, pagando cerca de US$ 400 milhões por ano (R$ 2,1 bilhão).   

O representante do governo de Joe Biden ressaltou ainda que os norte-americanos “acreditam no multilateralismo” e que “cada país deve fazer a sua parte para contribuir com a resposta à Covid-19”. Blinken confirmou que está “trabalhando com parceiros mundiais para reforçar e reformar a OMS”.   

Outro ponto de seu discurso foi um apelo para que todos combatam a “desinformação” sobre a crise sanitária e uma alfinetada na China por conta da missão enviada ao país recentemente.   

“A investigação em andamento para saber as origens dessa pandemia e o relatório que será apresentado deve ser independente com descobertas baseadas na ciência e em fatos e livre de interferências. Para melhor entender essa pandemia e nos prepararmos para a próxima, todos os países devem tornar disponíveis os dados dos primeiros dias do surto”, pontuou.   

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Mesmo durante as investigações dos especialistas da OMS, Washington criticou os chineses publicamente alegando que eles não estavam sendo “transparentes” e que iriam revisar por si só o relatório da equipe. Do outro lado, Pequim se disse aberta a passar os dados e desafiou os norte-americanos a também abrirem suas informações do início da crise sanitária global. (ANSA).   


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