28/08/2021 - 9:49
ROMA, 28 AGO (ANSA) – Os Estados Unidos atacaram com drones o braço do Estado Islâmico no Afeganistão na noite desta sexta-feira (27), para atingir o local onde estaria um membro do grupo.
A ofensiva foi realizada menos de 48 horas depois que um ataque suicida reivindicado pelos jihadistas provocou a morte de mais de 160 afegãos e 13 militares norte-americanos no aeroporto de Cabul.
Segundo o Comando Central dos EUA, o ataque com drones ocorreu em Nangahar, onde estava um membro do Estado Islâmico-Khorasan que teria envolvimento no planejamento dos atentados contra os militares norte-americanos na capital afegã.
A imprensa americana, no entanto, relata que o militante estava planejando novos ataques, mas não ligado diretamente ao atentado do aeroporto de Cabul.
“Os primeiros indícios dizem que o alvo foi morto”, confirmou o Pentágono, acrescentando que não há relatos de mortes de civis.
A identidade do terrorista não foi revelada.
De acordo com a imprensa local, citando fontes do governo, o presidente dos EUA, Joe Biden, aprovou o ataque que foi ordenado pelo ministro da Defesa, Lloyd Austin. A decisão cumpre a promessa que o democrata fez na última quinta-feira (26), quando afirmou que os autores do atentado seriam encontrados e mortos.
“Vamos caçá-los e fazê-los pagar”, disse ele.
Entretanto, um enviado da BBC no Afeganistão relatou que muitas das pessoas que morreram no ataque ao aeroporto de Cabul “foram mortas por soldados americanos” no meio da multidão e da confusão após as explosões.
Hoje (28), a embaixada dos EUA em Cabul voltou a alertar todos os cidadãos americanos para não irem ao aeroporto e ressaltou que quem estiver em algumas das entradas devem “sair imediatamente” porque há “ameaças à segurança”.
“Os cidadãos americanos que estão agora no portão de Abbey, no portão Leste, no portão Norte ou no portão do Novo Escritório do Interior devem sair imediatamente”, alertou a sede diplomática.
A CNN noticiou que o governo americano está em “alerta máximo” para a tentativa de novos ataques. A publicação cita uma reunião entre os líderes da agência de segurança dos EUA e os chefes da Justiça federal americana.
Em particular, três ameaças principais estão sendo rastreadas, incluindo a infiltração de células do EI ou da Al-Qaeda no processo de evacuação de refugiados afegãos para os EUA.
“Uma triagem aprofundada de quem entra está em andamento”, garantiu o chefe da inteligência, John Cohen. (ANSA)