WASHINGTON, 14 JUL (ANSA) – A Suprema Corte dos Estados Unidos autorizou nesta terça-feira (14) as primeiras execuções desde 2003 em âmbito federal.   

A sentença reverte a decisão de um juiz distrital que havia adiado o cumprimento das penas de morte devido à existência de ações que contestavam o uso da injeção letal.   

Um dos condenados à morte, Daniel Lewis Lee, ex-supremacista branco que matou um comerciante de armas, sua esposa e a filha de oito anos do casal no Arkansas, em 1996, seria executado na última segunda-feira (13).   

Os advogados dos sentenciados diziam que injeções letais constituem uma punição “cruel”, mas a Suprema Corte, por 5 votos a 4, autorizou as execuções. “Os prisioneiros não apresentaram justificativas para uma intervenção de última hora de um tribunal federal”, diz a sentença decisiva.   

Os Estados Unidos tiveram apenas três execuções em âmbito federal desde que a pena de morte foi restabelecida, em 1988, mas elas estavam congeladas desde 2003. No ano passado, no entanto, o governo de Donald Trump havia prometido retomá-las.   

Earlene Peterson, 81, cujas filha e neta foram assassinadas por Daniel Lewis Lee, fez campanha contra a pena de morte, afirmando que queria que o condenado passasse o resto de sua vida atrás das grades. “Ele teria de conviver com isso, como eu fiz”, disse Peterson recentemente ao jornal The New York Times.   

Os outros três condenados que devem ser executados em breve são Wesley Ira Purkey, Dustin Lee Honken e Keith Dwayne Nelson. O primeiro estuprou, matou, desmembrou e queimou uma adolescente de 16 anos em 2003; o segundo assassinou cinco pessoas a tiros em 2004, incluindo duas meninas de seis e 10 anos; e o terceiro violentou sexualmente e matou uma garota de 10 atrás de uma igreja em 2001. (ANSA)