12/12/2024 - 16:20
O conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, disse, nesta quinta-feira (12), que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, parece estar disposto a negociar um acordo para a libertação dos reféns mantidos em Gaza.
“Estamos agora trabalhando para fechar um acordo para a libertação dos reféns e um cessar-fogo [em Gaza]. É hora de terminar o trabalho e trazer todos os reféns de volta para casa (…) Tive a impressão de que o primeiro-ministro está pronto para chegar a um acordo”, disse Sullivan em uma coletiva de imprensa na embaixada dos EUA em Jerusalém, depois de se reunir com Netanyahu.
Nos últimos dias, tem havido um otimismo crescente de que as negociações para um acordo na Faixa de Gaza serão bem-sucedidas, sobretudo desde que o Catar, que atua como mediador, fez referência a um novo “impulso” na semana passada.
Sullivan afirmou que a abordagem do Hamas nas negociações havia mudado, atribuindo a nova atitude à deposição do presidente sírio Bashar al Assad, um antigo aliado do movimento islamista palestino, e ao cessar-fogo entre Israel e o movimento Hezbollah, apoiado pelo Hamas, no Líbano.
Tanto o Hamas quanto o Hezbollah e Assad são apoiados pelo Irã.
“Acho que o cessar-fogo no Líbano criou um contexto diferente”, disse Sullivan, assim como “os avanços do Exército israelense contra a infraestrutura e os líderes veteranos do Hamas”, em referência a vários líderes deste movimento islamista que foram mortos, incluindo os seus dois principais, Yahya Sinwar, em Gaza, e Ismail Haniyeh, em uma explosão em Teerã.
“Agora enfrentamos um Oriente Médio drasticamente remodelado, no qual Israel está mais forte e o Irã está mais fraco”, afirmou.
Segundo o conselheiro americano, o Hamas “esperava que muitos outros atores e forças” atuassem em seu favor, mas o cessar-fogo no Líbano “desconectou” os conflitos nas frentes norte e sul de Israel, o que gerou um “caráter diferente nas negociações” sobre Gaza.
Sullivan disse que viajaria ao Catar e ao Egito, também mediadores no conflito, para dar impulso às negociações.
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