14/04/2021 - 8:24
WASHINGTON, 14 ABR (ANSA) – A cidade de Brooklyn Center, no estado americano de Minnesota, registrou nesta terça-feira (13) a terceira noite de protestos por causa da morte do homem negro Daunte Wright, de 20 anos, por uma policial.
Uma multidão de manifestantes se reuniu em frente ao departamento de polícia do município, que fica nos arredores de Minneapolis, cidade onde, há quase um ano, outro policial assassinou o afro-americano George Floyd.
O ato reuniu entre 800 e mil pessoas, apesar do toque de recolher noturno e do mau tempo, e acabou com mais de 60 indivíduos detidos. Policiais lançaram bombas de efeito sonoro sobre os manifestantes, que atiraram garrafas e pedras contra os agentes.
Horas antes, as famílias de Wright e Floyd haviam se unido para pedir o fim da brutalidade policial e dos recorrentes assassinatos de cidadãos negros desarmados por oficiais brancos.
“O mundo fica traumatizado vendo mais um afro-americano sendo morto”, disse o irmão de Floyd, Philonise.
Wright morreu durante uma abordagem policial no último domingo (11), ao ser baleado pela agente Kim Potter, que alega ter confundido sua pistola com uma arma de choque elétrico. Potter e o chefe da polícia local, Tim Gannon, renunciaram a seus cargos na terça, mas isso não serviu para acalmar os protestos.
A nova onda de manifestações surge em meio ao julgamento de Derek Chauvin, ex-policial de Minneapolis que responde pelo assassinato de George Floyd. A defesa de Chauvin alega que a vítima morreu em função de problemas de saúde combinados com uso de metanfetamina, tese já descartada pela autópsia, que aponta asfixia.
Um vídeo que rodou o mundo mostra Chauvin ajoelhado sobre o pescoço de Floyd por quase 10 minutos, enquanto a vítima reclamava que não conseguia respirar. (ANSA).