WASHINGTON, 2 JUL (ANSA) – A Casa Branca confirmou na última terça-feira (1º) que os Estados Unidos suspenderam algumas entregas de armamentos à Ucrânia, incluindo mísseis antiaéreos, ao mesmo tempo que expressou preocupação com a redução de seu estoque de munição. Do outro lado, Kiev declarou não ter recebido nenhuma declaração oficial sobre a decisão do governo de Washington, enquanto a Rússia afirmou que “quanto menos armas aos ucranianos, mais próximo está o fim do conflito”.
“Esta decisão foi tomada para priorizar os interesses americanos após uma revisão do Departamento de Defesa da assistência militar do nosso país a outros países ao redor do mundo”, explicou a vice-secretária de imprensa da Casa Branca, Anna Kelly.
Apesar do parecer dos EUA, que confirma o que já havia sido publicado pela imprensa, a Ucrânia informou não ter recebido comprovação por parte da Casa Branca sobre a suspensão de mísseis aéreos e outros projéteis e que aguarda esclarecimentos nos próximos dias, tendo já convocado um diplomata americano em Kiev para comentar a medida.
De qualquer forma, segundo declaração à RBC Ukraina de um membro do Comitê de Segurança Nacional, Defesa e Inteligência de Verkhovna Rada, deputado Fedir Venislavsky, o país possui uma certa reserva de armamentos, caso a redução americana se confirme.
“Qualquer restrição ao fornecimento desses recursos que são muito importantes para nós é, sem dúvida, negativa”, disse Venislavsky, acrescentando que, por outro lado, “devido aos atuais riscos da política internacional, a Ucrânia possui uma cerca reserva de capacidade [militar]”.
A Rússia, que está em guerra com Kiev após ter invadido seu território em fevereiro de 2022, comentou o anúncio da Casa Branca. De acordo com o Kremlin, “quanto menos armas são fornecidas aos ucranianos, mais próximo está o fim do conflito”.
(ANSA).