O governo dos Estados Unidos suspendeu nesta quarta-feira todos os serviços aéreos – de passageiros e cargas – para a Venezuela, alegando questões de segurança.

O departamento de Transportes informou que a decisão foi adotada de acordo com os departamentos de Estado e de Segurança Interna, após a conclusão de que “as condições na Venezuela ameaçam a segurança de passageiros, aeronaves e tripulações que viajam para ou a partir daquele país”.

“Onde está, senhor (Donald) Trump, a liberdade que você apregoa? Toma esta decisão por ódio, por vingança, por despeito, e prejudica o cidadão comum, especialmente da classe média”, reagiu Maduro em mensagem na TV.

“Mas sua política golpista está fracassando”, afirmou Maduro.

A lei federal americana autoriza o governo a adotar medidas imediatas para suspender o direito das empresas aéreas – incluindo estrangeiras – de prestar serviços comerciais entre Estados Unidos e outros países por motivos de segurança.

A ordem enumera vários fatores, entre eles distúrbios civis e violência em torno dos aeroportos, e a impossibilidade da Administração de Segurança dos Transportes (TSA) de ter acesso aos terminais aéreos venezuelanos para realizar as avaliações necessárias.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

O departamento assinala ainda a atual crise econômica e política na Venezuela e “o risco de ações do regime de (Nicolás) Maduro contra americanos e interesses dos Estados Unidos na Venezuela”.

As autoridades informaram que a decisão também foi baseada no cancelamento dos voos da American Airlines para a Venezuela, assim como nas decisões do departamento de Estado e da Administração Federal de Aviação (FAA).

A American Airlines decidiu no final de março suspender indefinidamente seus voos para e a partir da Venezuela.

As americanas United Airlines e Delta, e a colombiana Avianca já haviam paralisado suas atividades na Venezuela em 2017; e a alemã Lufthansa e a americana Dynamic, em 2016.

Air Canada, Aeroméxico, Alitalia, Tiara e Gol pararam de operar na Venezuela entre 2014 e 2015.

Em 9 de abril, o departamento de Estado revalidou seu alerta para viagens à Venezuela, situando o país no nível máximo (“Não viajar”), devido “à criminalidade, distúrbios, serviços de saúde deficientes, sequestros e prisões arbitrárias”.

A FFA, que regula a aviação civil nos Estados Unidos, notificou em 1º de maio os operadores e pilotos de aviões certificados pelos EUA a não sobrevoar a Venezuela a menos de 26 mil pés (7.900 metros), também por razões de segurança.

Os Estados Unidos anunciaram em 14 de março a retirada de todo o seu pessoal diplomático da Venezuela.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias