Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (10) que vão impor sanções a três altos funcionários norte-coreanos por violação dos direitos humanos, apesar dos esforços do presidente americano, Donald Trump, para atrair o regime a um acordo de desnuclearização.

O Departamento do Tesouro informou que está tomando estas medidas “em resposta às graves e persistentes violações aos direitos humanos por parte do regime”, na primeira vez em que funcionários de Pyongyang são diretamente sancionados por Washington desde a cúpula de junho entre Trump e seu contraparte norte-coreano, Kim Jong Un.

Em um comunicado, o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, disse ter se dirigido a “altos funcionários norte-coreanos, que dirigem departamentos que implementam, em nome do regime, a brutal censura estatal, abusos dos direitos humanos e outros abusos para reprimir e controlar a população”.

“Estas sanções demonstram o apoio contínuo dos Estados Unidos à liberdade de expressão e sua oposição à censura e às violações endêmicas aos direitos humanos”, acrescentou.

O ministro da Segurança Pública da Coreia do Norte, Jong Kyong Thaek, está em uma lista negra dos Estados Unidos por seu papel na censura e na violação de direitos humanos.

O chefe do Departamento da Organização no Partido dos Trabalhadores daquele país, Choe Ryong Hae, também é um alvo. De fato, “é visto como o ‘número dois’, que exerce o controle sobre o partido, o governo e o exército”, destacou o Tesouro americano, lembrando que também é vice-presidente do comitê central do partido que governa a Coreia do Norte.

Finalmente, as sanções afetaram o diretor do Departamento de Propaganda dentro do partido, Pak Kwang Ho.

Os ativos dos três funcionários serão congelados nos Estados Unidos e não poderão mais fazer negócios com americanos.