Os Estados Unidos sancionaram nesta sexta-feira (15) seis autoridades chinesas, incluindo o único representante de Hong Kong no mais alto órgão legislativo da China, pelas prisões em massa de ativistas pró-democracia que ocorreram há uma semana no território semiautônomo.

“Condenamos as ações da República Popular da China que afetam as liberdades e os processos democráticos de Hong Kong e continuaremos a usar todas as ferramentas à nossa disposição para punir os responsáveis”, disse o secretário de Estado Mike Pompeo, que deixará o cargo na quarta-feira.

Entre os afetados pelas sanções estão Tam Yiu-chung, delegado de Hong Kong no Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, e You Quan, vice-presidente do grupo governamental chinês que trata da política em relação a Hong Kong e Macau.

Três oficiais de segurança de Hong Kong também foram afetados pelas sanções, que proíbem qualquer transação americana com eles.

A China impôs no ano passado uma lei de segurança draconiana em Hong Kong, após protestos generalizados que buscavam preservar as liberdades da região semiautônoma.

Os Estados Unidos já haviam decretado sanções à chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, que não pode mais ter conta em banco.

Pompeo havia ameaçado com uma ação dos EUA depois que mais de 50 ativistas foram detidos em Hong Kong em 6 de janeiro, incluindo um advogado americano, John Clancey, que trabalhava para um escritório conhecido por defender os direitos humanos.