Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (6) sanções financeiras contra o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e outros dez funcionários de seu regime comunista por violações dos direitos humanos.

Kim foi colocado pela primeira vez na lista negra do Departamento de Tesouro e seus eventuais ativos nos EUA seriam congelados após um relatório do Departamento de Estado que afirmou sobre “graves violações dos direitos humanos na Coreia do Norte”, segundo relatório do Tesouro.

“Sob o comando de Kim Jong-un, a Coreia do Norte segue causando intolerável crueldade e penúria a milhões de pessoas de seu próprio povo, incluindo execuções extra-judiciais, trabalhos forçados e tortura”, disse Adam Szubin, subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Inteligência Financeira.

Entre os funcionários também sancionados estão o ministro de Segurança, Choe Pu Il, seu conselheiro Ri Song Chol e o diretor do Ministério de Segurança do Estado, Kang Song Nam.

Cinco entidades, entre elas o ministério encarregado da censura, também foram incluídos na lista negra americana.

A Coreia do Norte já é alvo de sanções internacionais, e especialmente americanas, por seu programa nuclear e de mísseis balísticos.

Um alto funcionário americano, que pediu anonimato, disse que divulgar os nomes dos governantes norte-coreanos ajudará a romper com o sigilo sob o qual se comete abusos.

As sanções contra Kim e membros de seu governo foram reveladas após o Departamento de Estado divulgar documentos que denunciam atrocidades das forças de segurança norte-coreana e nos campos de presos políticos.

O funcionário americano disse que o relatório coloca em evidência a responsabilidade final de Kim na maioria dos abusos.